O ex-primeiro-ministro Pedro Santana Lopes, que nos últimos dias se posicionou como um dos possíveis candidatos presidenciais capazes de derrotar Gouveia e Melo, vai participar no encerramento das Jornadas Parlamentares do Chega, que decorrem nas próximas segunda e terça-feira, em Coimbra, dedicadas ao tema Corrupção: Prevenção e Dissuasão. Estará no último painel, debatendo temas de Justiça com o professor universitário Fernando Silva, o advogado Rui Gomes da Silva, ministro-Adjunto e ministro dos Assuntos Parlamentares no Governo de Santana Lopes, e o presidente do Chega, André Ventura..Ao DN, Santana Lopes disse que aceitou o convite, feito há semana e meia por Ventura, por “não ter uma visão segregacionista da política”, acreditando que é melhor “integrar e incluir, em vez de excluir”, um partido que tem ouvido repetidos “não é não” do PSD, o qual chegou a liderar antes de se desfiliar e fundar o Aliança, sendo já enquanto independente que em 2021 foi eleito presidente da Câmara da Figueira da Foz..E, por ter estado esta sexta-feira na Assembleia da República, na sessão solene do 100.º aniversário do nascimento de Mário Soares, recordou como o líder histórico dos socialistas fez um Governo com o CDS depois de o seu partido ter dito dos centristas “o que Maomé não disse do toucinho”..Quanto à possibilidade de a sua presença ser vista como uma aproximação ao terceiro partido mais votado nas Legislativas e nas Europeias deste ano - e que assim se manteve nas sondagens mais recentes -, numa altura em que a estratégia de André Ventura para as próximas Eleições Presidenciais não está clara, Santana Lopes opta por distanciar-se. “Essas leituras têm de ser outros a fazer”, refere, admitindo que “as pessoas são livres” de o fazer e defendendo que um eventual mal-estar no PSD quanto à sua deslocação a Coimbra esbarra num facto: “Eu sou independente.”.Convidado por André Ventura na qualidade de autarca do distrito em que se realizam as Jornadas Parlamentares, em vez do presidente da Câmara de Coimbra, José Manuel Silva, eleito por uma coligação que juntou PSD, CDS, PPM, MPT, Aliança, RIR e Volt Portugal, o autarca da Figueira da Foz aceitou “com todo o gosto”, até porque não pertence “nem ao grupo dos pró, nem ao grupo dos contra” acordos com o Chega..A iniciativa, que vai decorrer num hotel de Coimbra, tem a designação genérica de Corrupção: Prevenção e Dissuasão”, mas o Chega não divulgou o tema de cada painel. Certo está que no início da tarde de segunda-feira, após os trabalhos serem abertos pelo líder distrital Paulo Seco, haverá uma intervenção do deputado António Pinto Pereira, eleito por Coimbra. .De seguida, a coordenadora das Jornadas, Cristina Rodrigues, vai moderar um painel com o seu colega de bancada Gabriel Mithá Ribeiro, o bastonário da Ordem dos Solicitadores e Agentes de Execução, Paulo Teixeira, o vogal do Conselho Geral da Ordem dos Advogados, Ricardo Martins, e o presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Inspeção Tributária, Nuno Barroso. Depois, a deputada Madalena Cordeiro modera um debate entre o também deputado Henrique de Freitas, a assessora jurídica Mariana Moura, o dirigente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos, Leonel Frazão, e o presidente do Sindicato dos Funcionários Judiciais, Paulo Marçal.