"Geringonça" unida aprova Orçamento e ataca "caranguejola" desconjuntada

Orçamento aprovado. PSD e CDS votaram contra. PAN absteve-se. E Portas foi o único deputado a faltar à votação
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O Orçamento do Estado para 2016 foi hoje aprovado, com mais uma vez a esquerda a demonstrar unidade. O PCP e o Bloco de Esquerda não desistem de renegociar a dívida e dizem que este não é o orçamento que fariam, mas preferiram exaltar o facto de se inverter o "ciclo de empobrecimento".

O líder parlamentar do PS, Carlos César, deu uma designação à defunta coligação PSD/CDS, chamando-lhe "caranguejola" desconjuntada. César lembrou também que "será a boa execução em 2016 a melhor garantia de que poderemos ter e fazer mais e melhor em 2017". Ou seja: é preciso cumprir o estabelecido para ganhar bases para aliviar mais a austeridade no próximo orçamento.

O PS e os partidos à sua esquerda aproveitaram para criticar o facto do PSD se demitir de apresentar propostas e ter votado contra ou se ter abstido de uma forma automática e "sem critério".

Como vem aí o Programa de Estabilidade, o líder parlamentar do PS, Carlos César desafiou o PSD a entrar no debate, lançando "um desafio aos partidos da oposição parlamentar, cuja resposta já poderão dar nos debates próximos do Programa de Estabilidade e do Plano Nacional de Reformas".

Na resposta o líder parlamentar da bancada do PSD, Luís Montenegro, avisou que o PS não contará com o partido para os compromissos que terá de entregar em Bruxelas, voltando a dizer que "no dia em que o governo e o primeiro-ministro não tiverem o apoio dos partidos que estiveram na base, no fundamento da sua investidura parlamentar, para aprovar decisões estruturantes da governação, o governo e o primeiro-ministro terão de tirar as devidas consequências e, como já disse o presidente do PSD, terão de se demitir". O CDS disse que o orçamento é "familiófobo", denunciando o fim do quociente familiar.

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