Venda de bilhetes no Metro cresceu 88% no dia do protesto dos taxistas

Ministro disse ainda que problema da falta de bilhetes Lisboa Viva só afeta 10% dos passageiros

A venda de bilhetes no Metropolitano de Lisboa cresceu 88% na segunda-feira, dia da manifestação dos taxistas na capital portuguesa, disse hoje o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes.

"A venda de bilhetes cresceu 88% nesse dia e demos resposta", disse o governante na comissão parlamentar de Economia, Inovação e Obras Públicas, onde está hoje a ser ouvido sobre os transportes públicos.

Na segunda-feira, os taxistas manifestaram-se em Lisboa contra a legalização das plataformas eletrónicas Uber e Cabify e, de acordo com o plano da marcha lenta divulgado pelos representantes do setor, eram expectáveis dificuldades na mobilidade na cidade.

O ministro respondia a questões colocadas pelo deputado do PCP Bruno Dias sobre o problema da falta de bilhetes Lisboa Viva nas máquinas de venda automática.

Afirmando que, em Lisboa, 70% dos utentes dos transportes públicos têm passe, 20% cartão recarregável e 10% é que adquire bilhetes novos, João Pedro Matos Fernandes disse que aquele problema afeta apenas 10% dos passageiros.

Pedindo desculpa pela situação, referiu que o problema é mais grave nas estações de "Santa Apolónia, Gare do Oriente e, particularmente, no Aeroporto", o ministro frisou que "foi nesses sítios que reforçaram a venda de bilhetes" nos postos de atendimento.

Frisando que "nunca faltaram bilhetes", o governante admitiu que os trabalhadores "já tinham alertado para esta situação" e que "desde 2011 era sabido que [os bilhetes] dependiam de um só fornecedor".

O ministro do Ambiente afirmou que o sistema de bilhética do Metro e da Carris estão a ser renovados porque os atuais "sistemas de leitura de bilhetes são diferentes" e que assim que terminar o período de testes essas empresas "podem passar a receber cartões vindos de outros fornecedores".

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