Um roubo e uma tentativa de burla na 1.ª fase do Censos
A PSP considera que estes números demonstram "um claro retrato da eficácia" da operação de distribuição de questionários do Censos, "principalmente a franja populacional mais susceptível de ser burlada a 'reboque' do Censos": os mais idosos e isolados. Perante "os milhares de contactos estabelecidos pelos recenseadores por todo o país até ao momento, a PSP considera um sucesso, do ponto de vista da segurança, o resultado final".
De acordo com dados fornecidos pela PSP à agência Lusa, foi contabilizado um roubo denunciado em Campo de Ourique, Lisboa, a 9 de Março, "quando um casal entrou numa residência, assaltando-a, depois de se fazer passar por recenseador do Censos".
Além deste roubo, a PSP interceptou dois homens por tentativa de burla a 16 de Março, também em Lisboa.
A Polícia contabilizou ainda quatro denúncias verbais de burlas anónimas, de delegadas municipais, de recenseadores e de funcionários de juntas de freguesia. No entanto, estas quatro denúncias não se concretizaram em queixas formais até ao momento.
Em Leiria, a 10 de Março, uma delegada municipal informou a PSP de que algumas freguesias do distrito, nomeadamente Marrazes, "teriam sido alvo de contactos de um casal alegando tratar-se de Censos".
Em Peniche, um dia depois, a PSP recebeu uma denúncia anónima da "eventual presença de indivíduos a promover ilegalmente um inquérito do Censos".
No mesmo dia, em Setúbal, uma recenseadora disse à PSP que a sua casa tinha sido assaltada e que material identificador do Censos teria sido furtado. No entanto, a PSP também nunca recebeu qualquer queixa de cidadãos que confirmassem este assalto.
Na Madeira, uma funcionária da Junta de Freguesia de São Roque, "comunicou verbalmente à PSP que tinha conhecimento de que um homem se tinha feito passar por recenseador do Censos e que havia exigido a quantia de 200 euros para recolha de informação". Até ao momento ninguém se queixou à PSP desta tentativa.