As últimas 14 pessoas que vivem no prédio Coutinho, em Viana do Castelo, a demolir este ano, terão de abandonar em março os oito apartamentos que ocupam, indicou hoje fonte da sociedade VianaPolis..A fonte da sociedade que gere o programa Polis da capital do Alto Minho especificou que o "processo de notificação dos moradores do Edifício Jardim decorre dentro do prazo legal de 90 dias úteis"..Anteriormente, à Lusa, aquela fonte explicou "que os últimos moradores foram notificados no dia 30 de outubro para libertar as habitações de pessoas e bens", pelo que o prazo deverá terminar em meados de março..O edifício de 13 andares, que já chegou a ser habitado por 300 pessoas, está situado em pleno centro histórico da cidade e tem demolição prevista desde 2000, ao abrigo do programa Polis, para ali ser construído o novo mercado municipal..Desde 2005 que a expropriação do edifício estava suspensa pelo tribunal, devido às ações interpostas pelos moradores a exigir a nulidade do despacho que declarou a urgência daquela expropriação..Segundo a VianaPolis "os processos ainda em curso, em diversas instâncias judiciais, não têm efeitos suspensivos, não havendo nenhum impedimento para que a empreitada de demolição do edifício de 13 andares não possa avançar"..Fonte daquela sociedade revelou que "o relatório final do concurso público da empreitada confirma a proposta do concorrente DST - Domingos da Silva Teixeira, S.A., com o preço de 1.168.536,41 euros como a mais favorável"..Adiantou que "face à ausência de contestação, a proposta da DST será analisada em próxima reunião do conselho de administração da VianaPolis", estimando até final do ano a adjudicação daquela intervenção..De acordo com o concurso público, o prazo de execução é de 180 dias..A empreitada de demolição do prédio Coutinho foi lançada a concurso público no dia 24 de agosto de 2017, por 1,7 milhões de euros, através de anúncio publicado em Diário da República..A atividade desta sociedade tem sido consecutivamente prolongada face ao impasse no processo judicial. Atualmente, a VianaPolis, detida a 60% pelo Estado e a 40% pela câmara local, já é detentora de 70 das 105 frações do prédio, sendo que a aquisição de 54 frações resultou de acordos amigáveis, e 16 de processos litigiosos..O presidente da Câmara de Viana do Castelo, José Maria Costa, já disse que a demolição do edifício avança no primeiro trimestre de 2018..O autarca adiantou que está previsto para o "final de 2018/princípio de 2019" o início da construção do novo mercado municipal da cidade, orçado em três milhões de euros.