O secretário-geral da UGT, Carlos Silva, exigiu hoje ao Governo que cumpra o compromisso da reposição das 35 horas de trabalho semanal para todos os trabalhadores da função pública, independentemente do seu vínculo laboral.."Apelamos ao Governo da República para que, no próximo dia 1 de julho, cumpra o compromisso assumido com o país das 35 horas para todos os trabalhadores da administração pública, qualquer que seja o seu vínculo laboral. É uma exigência da central sindical", afirmou..Durante as comemorações do Dia do Trabalhador da União Geral de Trabalhadores (UGT), que decorreram na cidade de Viseu, Carlos Silva referiu que esta "não é uma ameaça velada ou explícita" que deixa ao Governo, vincando a importância do diálogo ente o Governo e os sindicatos.."Importa que o diálogo social flua entre o Governo e os sindicatos, como a melhor arma para alcançar uma efetiva e desejável paz social que o país requer, depois de uma tão grave e longa crise de austeridade que se abateu sobre os portugueses", evidenciou..No seu discurso, Carlos Silva destacou que a UGT está disponível para, em concertação social, valorizar o Programa Nacional de Reformas apresentado pelo Governo e que será enviado à Comissão Europeia.."Temos por objetivo investir em soluções que resolvam os problemas estruturais do país, como forma de diminuírem as graves assimetrias regionais que teimam em subsistir e que promovam a coesão territorial e social, com equilíbrio e sustentabilidade", afirmou..O líder da central sindical exigiu ainda a reversão dos direitos que os portugueses perderam nos últimos anos.."No setor privado, queremos discutir a reposição dos 25 dias úteis de férias que, tal como os quatro feriados, foram uma perda para os trabalhadores com a crise e com os empréstimos a Portugal", acrescentou..Carlos Silva aproveitou ainda para relembrar ao Governo o compromisso que assumiu de levar a cabo "um combate sem tréguas à precariedade laboral e à excessiva rotação de trabalhadores que frequentam estágios profissionais pagos pelo Estado".."O Estado somos todos nós, são os contribuintes que pagam e não querem continuar com trabalhos precários para milhares e milhares de jovens portugueses. Com precariedade não há estabilidade, nem condições para promover a natalidade", concluiu.