Rui Rio muda tudo no PSD até ao final do congresso
O dossier dos convites para os órgãos nacionais do PSD está totalmente na mão de Rui Rio e fechado a sete-chaves. Mas uma coisa é certa, o líder eleito do PSD vai escolher todos os nomes até ao congresso do próximo fim de semana, incluindo o de líder parlamentar da bancada social-democrata, apurou o DN.
Rui Rio só esta semana vai começar a falar com as figuras do PSD que quer que o acompanhem na liderança do partido. E o acordo que estabeleceu com o atual presidente da bancada parlamentar, Hugo Soares, foi o de se manter até à reunião magna onde assumirá o comando do PSD.
Três nomes estão a ser falados nos meios sociais-democratas como os mais prováveis para suceder a Hugo Soares na presidência do grupo parlamentar. Os de Fernando Negrão - antigo ministro da Segurança Social do governo de Santana Lopes e que recentemente se declarou publicamente preparado para o cargo - Luís Campos Ferreira, antigo secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros, e o do deputado Adão Silva, que também foi antigo secretário de Estado adjunto do ministro da Saúde. Mas todos os que colocam estes nomes sobre a mesa admitem que o líder eleito do PSD poderá surpreender na escolha. Tanto mais que já deixou perceber que quer fazer uma renovação nas listas nacionais, recrutando quadros nas mais variadas áreas.
Outro figura central nas escolhas de Rui Rio será aquela que vai assumir a secretaria-geral do PSD e substituir José Matos Rosa. Entre os nomes possíveis estão os de Emídio Guerreiro e o de Feliciano Barreiras Duarte, duas das figuras que o acompanharam na corrida à liderança do partido contra Pedro Santana Lopes.
Para as vice-presidências do partido, ou seja o núcleo duro da direção do PSD, Rui Rio deverá escolher algumas das figuras que mais lhe são próximas. Entre elas Manuel Castro Almeida, ex-presidente da Câmara de São João da Madeira e antigo deputado e secretário de Estado do Desenvolvimento Regional e de Estado e da Educação; David Justino, antigo ministro da Educação e presidente do Conselho Nacional de Educação; e o de Salvador Malheiro, presidente da Câmara de Ovar e diretor de campanha de Rio, (mas que está neste momento a braços com um caso que envolve a autarquia e clubes de futebol, após uma denúncia anónima, que deu origem a um inquérito). Fernando Alexandre, o economista responsável pelo programa económico da moção de estratégia global que Rio leva ao congresso, é outro dos nomes que poderá chamar à Comissão Permanente do partido.
Rui Rio vai também escolher quem quer ver como diretor das Relações Internacionais do partido e à frente do Instituto Francisco Sá Carneiro, e que poderá passar por Paulo Mota Pinto. Nuno Morais Sarmento é falado como potencial presidente da Mesa do Congresso.