Rangel rejeita "batalhas virtuais" e "mapas astrais" no PSD

O eurodeputado social-democrata, que esteve para entrar na corrida à liderança do PSD, advertiu o PSD que "este não é nem o tempo nem o momento para batalhas virtuais, nem para mapas astrais". Esta última uma alusão à guerra que opôs Durão Barroso a Santana Lopes, em 2000, e que não quer ver repetido no partido agora. Por isso, manifestou a Rui Rio "total empenho".
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Pode contar com todos nós e comigo naturalmente nas batalhas que são difíceis, mas que digo aqui, sem qualquer hesitação, estão ao nosso alcance. Insisto, com toda a confiança, para que não fiquem dúvidas: as batalhas eleitorais estão ao nosso alcance!" - disse.

Lançou de seguida um ataque feroz a nível interno e externo ao PS e ao governo de António Costa. Primeiro a Europa. "O PS enche a boca com a Europa, mas governa em Portugal com dois partidos profundamente anti-europeus - que em Bruxelas votam sistematicamente ao lado dos populistas de esquerda e, pasme-se, em quase 80 por cento dos votos, com os populistas de Le Pen".

Lembrou que o PS falhou e falhou clamorosamente em duas matérias europeias, essenciais para Portugal. "Na matéria dos lugares para o Parlamento Europeu, as listas transnacionais, Costa disse que era contra, mas assinou uma declaração a favor com Macron".

Depois a política a nível interno, em que acusou "o PS e os seus cúmplices estão a substituir o Estado Social - que era consensual em Portugal - por um Estado salarial ou rentista de curto prazo" e de "sacrificar os serviços públicos sociais e de segurança, fazer mirrar o Estado social".

Foi ainda mais violento: "O PS de Costa e os seus cúmplices de esquerda radical estão a perpetrar um enorme, um vastíssimo, um colossal ainda que por vezes disfarçado, ataque ao estado social."

Quanto ao propalado crescimento económico frisou que "estamos a crescer, mas estamos a crescer na cauda da Europa".

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