PS recusa saída do euro e do projeto europeu

Socialista preferiu sublinhar convergência com comunistas: "Melhoria das condições de vida dos portugueses". PSD fala em Congresso de "encenação"
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Às críticas comunistas à União Europeia e ao euro, o PS responde com a sua profissão de fé no projeto europeu. A secretária-geral adjunta socialista, Ana Catarina Mendes (que chefiou a delegação do PS depois do encerramento do XX Congresso do PCP), notou que, para os socialistas, "não está em cima da mesa nem a saída do euro, nem a saída do projeto europeu".

"No PS, continuamos a acreditar no projeto europeu - um projeto de partilha entre os povos e os Estados na Europa", disse, para completar: "Continuamos a defender a necessidade do reforço da Europa."

Ana Catarina Mendes preferiu sublinhar a convergência que existe entre os dois partidos. "Creio que este congresso revelou aquilo a que temos assistido no país nos últimos tempos: tranquilidade, paz social e convergência naquilo que é essencial. O PCP soube responder ao repto do PS para encontrar uma solução de Governo e tem apoiado essa solução de Governo em nome do princípio maior da melhoria das condições de vida dos portugueses", defendeu.

Também o BE, pela voz do deputado Jorge Costa, sublinhou essa convergência, para apontar que bloquistas e comunistas "têm-se encontrado" nas "lutas contra a austeridade". Reconhecendo os "percursos diferentes" de BE e PCP, Jorge Costa apontou que "naquilo que é essencial, que é o mais importante para o país", os dois partidos continuam a entender-se.

Já pelo PSD, o deputado Pedro do Ó Ramos classificou o congresso de "encenação", uma vez que "o PCP faz parte integrante do Governo". Apontando o facto de os comunistas, agora, não se manifestarem "contra o fraco investimento", de que há "escolas a fechar" e "hospitais à míngua", Pedro do Ó defendeu que "o facto de existir estabilidade não quer dizer que seja boa para o país".

Estiveram ainda presentes representantes da Casa Civil da Presidência da República e da Presidência da Assembleia da República, do PEV e do PAN. Dos partidos parlamentares, só o CDS não se fez representar. Não há tradição entre PCP e CDS de participarem nos congressos de uns e outros.

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