PS mantém nomes para eleição, PSD ainda não sabe
Deputados falharam eleição de representantes para órgãos externos. Nova votação pode acontecer só em janeiro
O PS vai insistir nos nomes que já levou a votos para a Entidade Reguladora da Comunicação Social (ERC) e no nome que também falhou uma primeira votação para o Conselho Superior de Segurança Interna, apurou o DN junto de fonte da direção do grupo parlamentar socialista.
Do lado do PSD, não há certezas sobre se mantém os nomes para a ERC e para o Conselho de Fiscalização das secretas, uma vez que segundo disse ao DN o líder parlamentar social-democrata, Hugo Soares, dependerá do momento em que ocorrerem as novas votações.
A data para essas novas eleições é outra incógnita, mas fontes parlamentares notam que nunca acontecerá antes de dezembro - e há quem atire mesmo estas eleições para janeiro. Até 27 de novembro, o tempo é de Orçamento do Estado e não está marcada ainda uma reunião da conferência de líderes, que é onde será agendada um novo ato eleitoral. Para Hugo Soares, "será na primeira oportunidade".
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O presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, deu ontem posse à nova presidente do Conselho Nacional de Educação, Maria Emília Brederode dos Santos, e ao novo vogal do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida, José Miguel Guimarães, que foram eleitos pelo Parlamento no passado dia 20 de outubro, num dia em que as várias bancadas parlamentares não reuniram o consenso suficiente para eleger os outros representantes da Assembleia da República em órgãos externos.
Nessa data, os deputados falharam a eleição dos quatro nomes para a ERC: Fátima Resende Lima, que já exerce funções na ERC, e Francisco Azevedo e Silva, antigo membro de direções do Diário de Notícias, propostos pelo PSD; e Mário Mesquita, antigo jornalista e professor universitário, e João Pedro Figueiredo, jurista, avançados pelo PS.
Os deputados também falharam a eleição do deputado socialista e vice-presidente da Assembleia da República Jorge Lacão para o Conselho Superior de Segurança Interna, proposto pelo PS com o acordo do PSD; e de Abílio Morgado, advogado, que foi consultor de Cavaco Silva, avançado pelos sociais-democratas com o entendimento dos socialistas.
A tomada de posse
Na tomada de posse de ontem, na sala de visitas do presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues sublinhou que Maria Emília Brederode dos Santos e José Miguel Guimarães vão trabalhar em duas entidades "que todos os dias trabalham para que a democracia portuguesa seja uma democracia moderna e de qualidade". Citado pela Rádio Renascença, o presidente do Parlamento desejou-lhes "as maiores felicidades para os mandatos que agora iniciam".