PS fica com 159 câmaras municipais, PSD vai liderar 98

Socialistas vencem em toda a linha: número de autarquias, número de votos e grandes centros urbanos
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O PS conseguiu no domingo o melhor resultado de sempre em eleições autárquicas, garantindo a presidência de 159 câmaras municipais, 142 das quais com maioria absoluta. Há quatro anos, os socialistas tinham assegurado a presidência de 149 autarquias (mais uma em coligação alargada no Funchal), 120 com maioria.

Já o PSD sai destas eleições com um total de 98 câmaras - 79 a título próprio e 19 em coligações. Destas, 92 foram ganhas com maioria absoluta. Um número abaixo das 107 autarquias conquistadas há quatro anos, no que já então foi um mau resultado. Também a CDU sai em queda da noite eleitoral de domingo, com 24 câmaras contra as 34 de 2013. Em tendência inversa, o CDS soma mais uma autarquia às cinco que já detinha. Neste capítulo, o BE ficou como estava, sem qualquer presidência de câmara.

O Nós Cidadãos e o Juntos pelo Povo conseguem, cada um, uma autarquia, tal como a coligação Sim Acredita, um movimento independente que congregou o apoio do PS e do Livre e que venceu a Câmara de Felgueiras com maioria absoluta. A coligação alargada no Funchal (que inclui PS e BE) repetiu a vitória de 2013.

PS ganha centros urbanos

Na contabilidade das principais cidades, o PS também leva a melhor. Volta a ganhar Lisboa (mas perde a maioria absoluta), mantém Sintra, Coimbra, Leiria, Amadora, Odivelas, Matosinhos, Gondomar ou Gaia. Nos grandes centros urbanos, os socialistas ainda ganharam à CDU Beja, Almada e Barreiro. Falhou o Porto, onde o independente Rui Moreira conseguiu a maioria absoluta. E Oeiras, que volta às mãos de Isaltino Morais.

O PSD mantém Braga, Cascais, Aveiro, Santarém, Guarda, Viseu e Faro.

E em número de votos também

No número de votos, a cor da vitória é a mesma. De acordo com os resultados finais oficiais, 1 956 703 eleitores votaram nos candidatos autárquicos socialistas, um aumento de mais de cem mil votos em relação a 2013.

Sozinho, o PSD averbou 831 551 votos, a que somam 454 290 das coligações com o CDS (embora, nestes casos, a votação não possa ser totalmente assacada a um dos partidos). Somando os dois valores, dá 1 285 841 votos. Noutras coligações (com o MPT e o PPM, por exemplo), os sociais-democratas averbam (parcialmente) mais 290 883 votos. Há quatro anos, o PSD teve, a título próprio, 834 mil votos.

Já a CDU passou de cerca de 550 mil votantes há quatro anos para 488 mil. O CDS subiu cerca de 12 mil votos nas câmaras em que avançou sozinho. O BE sobe quase 50 mil votos, de 120 para 169 mil.

Em termos percentuais, o PS ficou com 37,8% dos votos, o PSD com 16%, mais 8,8% em coligações com o CDS. A CDU obtém um resultado de 9,5%, o BE de 3,2%. O CDS de Assunção Cristas fica com um total nacional de 2,6% (e os 8,8% das coligações com os sociais-democratas). Os grupos de cidadãos independentes recolheram 6,76% dos votos.

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