Promoções nas forças de segurança "não são automáticas"
A ministra da Administração Interna afirmou esta segunda-feira que "não existe um direito inato à promoção" nas forças de segurança, tendo os seus membros de frequentar e passar nos respetivos cursos.
Constança Urbano de Sousa, durante o debate na especialidade do orçamento da Administração Interna para 2017, disse que haverá concursos de promoção para preencher 1050 vagas em 2017 em todas as categorias da PSP - com exceção do posto de superintendente, onde as necessidades estão preenchidas.
No caso de admissões no SEF, a ministra disse que irão ser admitidos 45 novos inspetores em 2017 por via da mobilidade interna, enquanto na PSP e na GNR haverá três centenas de novas entradas no próximo ano.
A diferença no acréscimo de verbas para despesas com pessoal na GNR (oito milhões) e na PSP (13 milhões) decorre das consequências remuneratórias decorrentes das alterações estatutárias feitas na Polícia de Segurança Pública.
Constança Urbano de Sousa adiantou que "ainda existem muitos desperdícios" nas forças de segurança e que privilegia "a racionalização" das estruturas que tutela.
Um dos exemplos que deu foi o do número de folgas dos dirigentes associativos e delegados sindicais na PSP, onde "são 330" elementos todos os meses a estar "noutros sítios" em vez de estarem a "fazer patrulhas".
A governante precisou ainda que o orçamento da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) vai ter um acréscimo de quatro milhões de euros, dos quais 2,6 milhões para o apoio às corporações de bombeiros.
Para a ANPC estão ainda previstos 10,6 milhões de euros que se destinam, em parte, a reparar os helicópteros Kamov.
Também a segurança rodoviária vai ter um reforço orçamental de quatro milhões de euros, estando previstos investimentos em novos projetos tecnológicos no valor de 7,3 milhões de euros.