"O senhor ministro [das Finanças] não mentiu", garantiu António Costa, face às acusações, do PSD e do CDS, de que Centeno deu informações falsas ao Parlamento quando garantiu desconhecer as razões da demissão de Mário Centeno da presidência do banco público..O que está em causa são alegados compromissos de Centeno com Domingues de que este e os seus colegas na administração da CGD ficariam isentos de apresentar declarações de rendimentos e património no Tribunal Constitucional quando foram retirados do perímetro do Estatuto do Gestor Público..Na questão da dívida pública, PSD e CDS insistiram em acusações de que está a aumentar, sendo a gestão governamental do dossier, segundo Luís Montenegro, "um desastre" que um dia "rebentará nas mãos" do Governo..Costa contrapôs recordando o aumento da dívida durante o governo PSD/CDS - 32 pontos percentuais, de 96,9% do PIB para 129%. No final do debate, embora ao ataque, o primeiro-ministro acabou, substantivamente por pedir tréguas ao PSD e CDS nesta matéria. Fê-lo recordando os tempos em que foi líder da oposição - e reconhecendo que essa é a missão política mais difícil em Portugal: "Nunca ninguém me ouviu a dizer uma palavra que perturbasse a confiança dos mercados", "nunca ninguém me viu a acender uma vela para que os juros da dívida pública aumentassem"..Outra das novidades do debate prendeu-se com o novo aeroporto do Montijo. Costa revelou que uma decisão final, lá mais para o fim do ano, está dependente de um estudo que está a ser feito sobre "migrações de pássaros" (expressão do primeiro-ministro) na zona..Quanto à questão da precariedade no Estado, Costa revelou que amanhã o Conselho de Ministros aprovará a formação em cada ministério de comissões bipartidas ("patrões"/sindicatos) que avaliarão as necessidades de emprego permanente, de modo a depois abrir vagas nos quadros que incorporem os trabalhadores atualmente com vínculo temporário..Releia aqui o debate em direto..[liveblog:1374423]