Pinto da Costa diz que TAP deveria chamar-se "transportadora aérea da Portela"
O presidente do Futebol Clube do Porto, Pinto da Costa, afirmou esta quarta-feira que a TAP deveria mudar de nome para "transportadora aérea da Portela".
"Devemos compreender que os tempos mudam e que as circunstâncias são diferentes, pelo que os nomes também deviam mudar. A TAP deveria chamar-se transportadora aérea da Portela", afirmou Pinto da Costa, à margem da apresentação da "Peace Run", no estádio do Dragão.
Para Pinto da Costa, que comentava a polémica sobre a suspensão de quatro voos de médio curso da TAP de e para o aeroporto do Porto, "se era para isto que o Governo queria 50% [da TAP] mais valia receber o dinheirinho e deixar que a transportadora da Portela fosse apenas mais um negócio para alguns indivíduos ganharem muito dinheiro e porem aviões velhos a voar".
"A partir do momento que a TAP foi privatizada já deveríamos estar à espera de tudo", disse.
O presidente da Câmara do Porto, o independente Rui Moreira, bem como o Conselho Metropolitano do Porto e as associações Comercial do Porto e Empresarial de Portugal, entre outros, têm criticado a suspensão dos voos diretos para Milão, Roma, Bruxelas e Barcelona a partir do aeroporto Francisco Sá Carneiro.
Na terça-feira, a Câmara do Porto aprovou, apenas com o voto contra do vereador da CDU, uma proposta para manifestar ao primeiro-ministro, António Costa, "insatisfação" pelo facto de a TAP estar "a concentrar cada vez mais a sua operação em Lisboa".
Rui Moreira acusa a TAP de ter em curso uma estratégia para "destruir" o aeroporto do Porto, com vista a construir em Lisboa "um novo aeroporto e uma nova ponte".
Também na terça-feira, o presidente da Câmara de Matosinhos, Guilherme Pinto, defendeu que o Conselho Metropolitano do Porto (CmP) deve tomar "uma atitude violenta" relativamente à TAP, não tanto pela perda de voos mas pela "forma de estar da empresa".
No dia 06 deste mês, António Costa reiterou que a intervenção do Estado na TAP se vai fazer "ao nível estratégico" e não em termos de gestão quotidiana, mas sublinhou haver margem para intervir sobre a manutenção de uma base no Porto.
Rui Moreira já afirmou que a reunião que manteve com o primeiro-ministro, em Lisboa, para debater esta questão não o tranquilizou.