A EN 236-1 esteve aberta até serem descobertas as vítimas mortais
A GNR não recebeu qualquer "decisão operacional" sobre a necessidade de encerramento da Estrada Nacional 236-1 durante o incêndio que deflagrou a 17 de junho em Pedrogão Grande, tendo encerrado esta via após a localização de vítimas mortais.
Esta uma das respostas do Governo às 25 questões colocadas pela presidente do CDS/PP sobre o incêndio que provocou a morte 64 pessoas e ferimentos em mais de 200.
"Segundo a GNR, até ao momento em que se verificaram as mortes, não foi comunicada àquela Força de Segurança qualquer decisão operacional relativa à necessidade de encerramento da estrada N236-1, não tendo sido recebida qualquer informação que alertasse para uma situação de risco, potencial ou efetivo, em circular pela via em causa", lê-se no documento.
Nas respostas enviadas a Assunção Cristas, o Governo refere que, de acordo com aquela força de segurança, "a decisão de cortar a estrada N236-1 foi tomada apenas após a localização das vítimas mortais, por volta das 22:15 de 17 de junho".
A questão do encerramento, ou não, da via que ficou conhecida como "a estrada da morte" foi logo nos dias após a tragédia levantada, tendo então surgido versões contraditórias.
Já a 20 de junho, António Costa afirmou, em entrevista à TVI, que a estrada não chegara de facto a ser cortada, desmentindo então o secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, que nessa mesma noite tinha dito à TSF que a circulação na via tinha sido bloqueada pela GNR.
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