PCP reivindica "aumento geral dos salários" em Portugal

"Seiscentos euros era o mínimo de dignidade na vida dos trabalhadores", disse Jerónimo de Sousa
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O secretário-geral do PCP reivindicou este sábado "um aumento geral dos salários, particularmente do salário mínimo nacional" para 600 euros, durante uma manifestação, em Lisboa, convocada pela central sindical CGTP.

"Seiscentos euros era o mínimo de dignidade na vida dos trabalhadores", afirmou Jerónimo de Sousa aos jornalistas, quando foi saudar a manifestação que desceu a Avenida da Liberdade e terminou nos Restauradores, em Lisboa, em defesa da valorização do trabalho e dos trabalhadores.

Apesar dos avanços conseguidos no Orçamento do Estado, desde que o PCP apoia o Governo do PS, em 2015, Jerónimo de Sousa avisou que "é pela luta que os trabalhadores têm de alcançar esse direito", o do aumento dos salários.

O líder dos comunistas admitiu que "não existe grande disponibilidade da parte do Governo" de António Costa para o aumento do salário mínimo para os 600 euros em 2018, mas alertou que "são muitos os trabalhadores que estão a conquistar esse direito" nas empresas.

Jerónimo de Sousa defendeu ainda o combate à precariedade, um dos temas das palavras de ordem dos manifestantes, afirmando que é preciso seguir um "critério geral": "Para um posto de trabalho permanente deve haver um contrato de trabalho efetivo."

A manifestação convocada pela CGTP reuniu hoje milhares de pessoas no centro de Lisboa, em defesa da valorização do trabalho e dos trabalhadores.

Uma faixa vermelha com a inscrição "valorizar o trabalho e as pessoas" abriu a manifestação, que começou às 15:30, no Marquês de Pombal, e terminou na Praça dos Restauradores.

As bandeiras vermelhas da CGTP e de sindicatos de vários setores de atividade afetos à central sindical deram cor ao desfile, que contou com a participação de outras estruturas, como os trabalhadores da empresa Soares da Costa, o Movimento Unitário de Reformados, Pensionistas e Idosos (MURPI) e a Comissão Coordenadora Permanente dos Sindicatos e Associações das Forças e Serviços de Segurança.

No final, o dirigente da CGTP, João Torres, disse que cerca de "60 mil trabalhadores" participaram na manifestação e avisou que "a luta vai, garantidamente, continuar".

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