Passos é o líder certo? "Hoje sim, não sei para o ano"

Sarmento considera que Passos terá "enorme dificuldade" em ser candidato a PM. E não exclui vir a avançar para a liderança

Presidência de Durão Barroso e Santana Lopes considera que o atual presidente dos sociais-democratas terá "enorme dificuldade" para vir a ser candidato a primeiro-ministro "num novo ciclo político", depois de fazer o caminho sobre as pedras na oposição.

Numa entrevista à Antena 1, que irá hoje para o ar, Sarmento nota que Passos poderá ser o homem do PSD para primeiro-ministro caso haja "uma crise política séria" num "calendário imediato". Dito de outra forma, num de três cenários: provocada pela construção do programa de estabilidade (PE) e do programa nacional de reformas (PNR), por uma má execução orçamental que force o governo de António Costa a lançar mão de medidas extraordinárias ou ainda na elaboração do Orçamento do Estado para 2017.

E ainda sinaliza que o ex-primeiro-ministro é um líder a prazo - embora frise que a presidência do PSD "não está em causa neste momento". Sarmento é contundente quando questionado sobre se Passos é o protagonista certo: "Hoje sim, não sei o que lhe responderei para o ano."

Isto porque para o antigo governante "nós precisamos de alguém que seja capaz de acreditar para lá do que vê", algo em que Passos tem "enorme dificuldade". Falta "sonho", reforça Morais Sarmento, que classifica ainda Passos como "o primeiro-ministro mais parecido com Cavaco".

Sobre a possibilidade de ir ou não à reunião magna de 1, 2 e 3 de abril, o social-democrata realça que ainda não sabe, mas deixa a garantia: "Se for, vou falar de certeza."

De momento, Sarmento assegura que não quer ser candidato "a coisa nenhuma" - à liderança do PSD, leia-se, mas adverte: "Não estou impedido de o ser no momento em que o entender. Não há nenhuma razão para excluir isso."

Morais Sarmento aproveitou ainda para arrasar Assunção Cristas, que diz ser "uma espécie de tranquilizante entre duas lideranças políticas individualizadamente muito afirmadas: Paulo Portas e Nuno Melo. "Uma coisa simpática", remata sobre a nova líder do CDS.

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