O presidente do PSD defendeu hoje que a União Europeia precisa de completar a união bancária, de forma a que empresários e famílias não sejam penalizados e também para evitar as divergências económicas dentro do espaço europeu.."Sem completar a união bancária, não conseguimos que os empresários, as famílias, quando têm de aceder ao crédito e ao financiamento não sejam penalizados pela geografia dentro da Europa", afirmou Pedro Passos Coelho..O líder do PSD, que intervinha no encerramento da 10.ª Universidade Europa, na Batalha, promovido pelas estruturas do partido a nível nacional e europeu, lamentou que "ainda se esteja muito longe de se ter uma discussão séria" sobre a matéria..O ex-primeiro-ministro defendeu que é necessário criar condições para se ter uma união financeira, que evite os desequilíbrios que cada vez mais países têm e que estão a acentuar divergências no espaço europeu..Segundo Pedro Passos Coelho, a crise financeira que atravessou a zona Euro deixou uma "herança que está a acentuar as divergências entre os países, que não têm instrumentos próprios para corrigir essas diferenças".."Precisamos que o risco possa ser, de alguma forma, partilhado, não direi pelos contribuintes dos diversos países, mas pelos consumidores, pelos investidores de todos estes países e isso pressupõe uma união de mercados financeiros", frisou..Para o líder social-democrata, "a Europa, na zona Euro, não está a criar mecanismos suficientemente fortes para poder ajudar esses países a corrigir os problemas"..Passos Coelho disse que se a Europa se quiser manter unida tem de compensar os países com problemas financeiros estruturais com investimento europeu..Falando para uma plateia de jovens, o presidente do PSD salientou que o peso na estrutura europeia da Alemanha, que detém a maior força económica da Europa, "à qual todos compram e precisam de pagar", não ajuda a resolver as divergências entre países.."A Alemanha é o grande credor e os outros países os grandes devedores dentro da Europa e isto cria, de forma consistente, um desequilíbrio cada vez maior, que acabará mal para a Alemanha e para o resto dos países se alguma coisa não se passar entretanto", considerou..Segundo Passos Coelho, se tudo se mantiver "mais ou menos como está, a projeção dentro de alguns anos dará um desequilíbrio muito grande, que não é bom para a Alemanha nem para a Europa".."É por isso que esta questão da união económica e monetária tem mesmo de ter desenvolvimentos", reiterou o líder social-democrata, que alertou ainda para o perigo dos nacionalismos dentro do espaço europeu, que pode levar a uma desagregação da Europa.