Odivelas pede reunião ao Governo para debater alterações à linha Amarela do metro
A Câmara Municipal de Odivelas pediu uma reunião de urgência com o Governo e com o Metropolitano de Lisboa para contestar as alterações previstas para a Linha Amarela (Odivelas-Rato), anunciou hoje a autarquia.
O Governo anunciou na segunda-feira que o Metropolitano de Lisboa irá ter mais duas estações até 2022 - Estrela e Santos-, estando previstas também estações nas Amoreiras e em Campo de Ourique, embora nestes dois casos sem uma data prevista de conclusão.
De acordo com o plano de desenvolvimento operacional da rede, apresentado em conferência de imprensa, em Lisboa, está prevista uma ligação da estação do Rato (atual Linha Amarela) ao Cais do Sodré (Linha Verde), com duas novas estações na Estrela e em Santos.
Contudo, o atual traçado da Linha Amarela, que liga as estações de Odivelas ao Rato, irá, segundo o novo plano, sofrer alterações de percurso e passará a integrar também a estação de Telheiras (Linha Verde).
Assim, segundo o novo plano, a Linha Amarela passará a ligar Odivelas a Telheiras (com desvio no Campo Grande) e as restantes atuais estações que fazem parte desta linha (Cidade Universitária-Rato) passarão a fazer parte da Verde, que irá assumir um trajeto circular.
Face a estas alterações, o presidente da Câmara Municipal de Odivelas, Hugo Martins (PS), manifestou-se esta tarde "bastante insatisfeito" e acusou a tutela e a administração do Metropolitano de Lisboa de não ter dialogado nem pedido um parecer ao município.
"Não podemos deixar de demonstrar a nossa discordância, uma vez que o nosso concelho é parte interessada e não foi ouvido no processo decisório. Com esta alteração de percurso, os munícipes de Odivelas saem claramente prejudicados", apontou.
O autarca refere que esta alteração obriga os utilizadores do metro, que saem de Odivelas, a fazer transbordo na estação do Campo Grande, quando se dirigirem às outras estações que atualmente fazem parte da Linha Amarela.
"Já solicitamos uma reunião, com carácter de urgência, ao senhor ministro do Ambiente e à administração do Metropolitano de Lisboa para lhes transmitir as nossas preocupações e as expetativas que existiam em ver expandir e não suprimir os acessos a este território", atestou.
O custo para a expansão do metropolitano de Lisboa é de 216 milhões de euros, com recurso a fundos comunitários e a empréstimo no BEI- Banco Europeu de Investimento.