Nóvoa: "Eu abdicarei da subvenção vitalícia de Presidente da República"
Se for eleito e se a lei das subvenções de políticos não for alterada, Sampaio da Nóvoa garante que prescinde dela.
Na primeira ação de campanha, esta quarta-feira, depois de uma interrupção motivada pela morte de Almeida Santos, presidente honorário socialista, António Sampaio da Nóvoa garantiu, em Guimarães, que se for eleito prescindirá da subvenção vitalícia a que o Presidente da República tem direito.
Repetindo uma vez mais que respeita a decisão do Tribunal Constitucional de reverter a suspensão do pagamento das subvenções vitalícias a titulares de cargos políticos, o antigo reitor da Universidade de Lisboa recordou posições anteriores.
"Pessoalmente, como sempre fui toda a minha vida, estou contra a existência de subvenções vitalícias", começou por dizer, para logo contextualizar: "Ficou apenas uma subvenção vitalícia que não foi extinta na decisão de 2005, a que diz respeito ao Presidente da República. E eu também considero que o Presidente da República não deve ter subvenção vitalícia."
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Logo, sublinhou Nóvoa, "em coerência com essa posição e se a lei não for alterada", o candidato garantiu: "Eu abdicarei da subvenção vitalícia de Presidente da República", caso chegue a Belém.
De visita a uma fábrica de calçado, a Fly London, o candidato presidencial resistiu a comentar diretamente o facto de Maria de Belém estar entre os deputados que pediram a fiscalização daquela lei ao Tribunal Constitucional. "Os deputados têm a sua liberdade de atuação, a sua liberdade de iniciativa. Se eu fosse deputado jamais tomaria uma decisão dessas."
Mas deixou uma farpa mais para Maria de Belém, ao concordar que, na hora do voto, os portugueses "devem ter em conta tudo", nomeadamente "os momentos em que deviam ter protegido a Constituição e faltaram à chamada". Afinal, cada um sabe onde o sapato lhe aperta.