Portugal
07 abril 2018 às 01h56

Mário Soares dá nome ao jardim do Campo Grande

Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa na inaguração do jardim no 25 de Abri

Paulo Tavares

O renovado jardim do Campo Grande, ala sul, vai abrir no dia 25 de abril com o nome de Mário Soares, antigo Presidente da República, que faleceu no início de 2017. Uma cerimónia que contará com as presenças do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, do primeiro-ministro, António Costa, e do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina.

"Vamos abrir a ala sul onde estamos a concluir o projeto da sua requalificação, um espaço público francamente aprazível, com zonas de lazer para crianças, com uma zona totalmente requalificada, e vamos tomar também a decisão de atribuir a esse jardim o nome de Mário Soares. Será uma homenagem que a cidade quer prestar a um dos pais fundadores da nossa democracia, um dos rostos principais e um dos homens que mais lutaram pela democracia no nosso país, uma personalidade ímpar da nossa vida cívica", revelou Medina ao DN, numa entrevista que pode ler na íntegra na edição de amanhã.

"Entendemos que a melhor forma de o homenagear era precisamente atribuir o seu nome a algo tão emblemático, tão bonito e também cheio de vida, que é o que nós queremos que seja o jardim do Campo Grande que se passará a chamar Jardim Mário Soares", acrescentou o autarca. A cerimónia da reabertura do jardim está a ser organizada pela CML em articulação com a família de Mário Soares, com a presidência e o executivo.

O antigo Presidente da República vivia no Campo Grande, na Rua Dr. João Soares (seu pai, professor e ministro da Primeira República), bem perto do Colégio Moderno e do jardim que agora vai ter o seu nome. Aliás, Mário Soares gostava de passear no jardim, um hábito que ganhou com o pai.

"É o último jardim que estamos a recuperar em Lisboa, é o que falta, os outros já estão concluídos", disse ao DN o vereador da Estrutura Verde e Energia da câmara da capital, José Sá Fernandes, explicando que as "obras, que se iniciaram há dois anos, estão agora a ser ultimadas". O investimento foi de 1,2 milhões de euros e incluiu a criação de novos percursos, plantação de árvores e a restauração do lago.

"O prazo da empreitada era 12 de janeiro, mas alterações que tiveram de ser feitas por causa da piscina, atrasaram a obra", reconhece o vereador.

No espaço do jardim, entre a Avenida do Brasil e a rotunda de Entrecampos, que ainda está entaipado, de um lado, e vedado com redes, no outro, veem-se montes de terra e sinais de trabalhos em curso. Algures no meio, distingue-se o espaço de um parque infantil.

Leia amanhã a entrevista ao presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina