Belém responde a Cândido Ferreira, que lhe disse para desistir

O candidato à Presidência acusou a concorrente de acumular salários privados com o de deputada, e disse-lhe para desistir da corrida a Belém
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O candidato Cândido Ferreira sugeriu hoje que a sua adversária na corrida presidencial Maria de Belém devia desistir da candidatura, questionando o percurso profissional e político da ex-deputada e ex-ministra da Saúde. A candidata presidencial respondeu que tem uma vida transparente e sempre cumpriu a lei, e manifestou-se contra "uma campanha de casos pessoais" com candidatos a "atirar lama para cima uns dos outros".

Numa carta aberta dirigida a Maria de Belém e divulgada à comunicação social, Cândido Ferreira sublinha que a ex-deputada "não hesitou em acumular o ordenado que legitimamente recebia, pago pelo suor dos portugueses, com avenças de privados, entre elas a que até há pouco lhe era paga por Ricardo Salgado".

Maria de Belém disse aos jornalistas, a meio de uma visita à Associação Nacional de Famílias para a Integração da Pessoa Deficiência - Afid, na Amadora: "Eu não tenciono pronunciar-me sobre coisas desta natureza, e acho que muito pobre será uma campanha em que as pessoas, em vez de apresentarem o seu programa, pretendem atirar lama para cima dos outros candidatos. Eu não o farei".

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Antes, sobre o facto de ter trabalhado para o Grupo Espírito Santo enquanto deputada, a ex-ministra da Saúde disse que "o estatuto de deputada permite que as pessoas não estejam em exclusividade desde que façam o registo dos seus interesses" e que "foi tudo cumprido rigorosamente dentro da lei e para além da lei".

"Esta não deve ser uma campanha de casos pessoais. A minha vida é transparente. Cumpri sempre a lei", afirmou, desafiando: "Portanto, se alguém tiver alguma coisa a atacar-me, que prove, no sentido da não adequabilidade das minhas funções, da minha não isenção em defesa do serviço público".

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Maria de Belém declarou estar "perfeitamente à vontade" perante as críticas de Cândido Ferreira. "Agora, uma coisa eu digo: Em Estado de direito aquilo que vale é a lei, não são as insinuações que fazem sobre nós, nem as acusações infundadas e não provadas que fazem sobre nós", acrescentou.

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