Marcelo vai à mesquita. Abraços, nostalgia e selfies

O tapete vermelho foi estendido nas escadas e no corredor da mesquita para receber o candidato presidencial
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"Dê cá um beijinho especial professor", dizia o sheik David Munir, enquanto envolvia Marcelo Rebelo de Sousa num abraço caloroso, à sua chegada à mesquita central de Lisboa. A proximidade do candidato presidencial à comunidade muçulmana ficou mais que evidente nesta sua visita, realizada ao início da tarde desta sexta-feira. Vem do tempo em que o seu pai, Baltazar Rebelo de Sousa, era governador em Moçambique, como fez questão em recordar o professor, corroborado pelo líder da comunidade islâmica em Portugal, Abdul Vakil. "Tenho o enorme prazer de conhecer o professor Marcelo Rebelo de Sousa desde os anos 60, na antiga Lourenço Marques (Maputo) e sempre houve um grande apreço pela família do seu pai, a qual muito respeitava a comunidade muçulmana", lembrou Vakil.

O pretexto para esta visita foi a entrega a Marcelo de um diploma de ""honra e reconhecimento" por ações de aproximação de Portugal a países do mundo árabe.

Numa pequena sala sob a cúpula da mesquita, a política ficou à porta e Marcelo apenas falou de Deus, das religiões, da tolerância e da paz no mundo. "A paz esteja connosco hoje aqui e a paz está connosco cada vez que se fazem pontes entre grupos religiosos, culturais, económicos, de toda a sociedade. Cada vez que há uma procura mais aprofundada de diálogo entre as religiões", sublinhou o candidato presidencial. Marcelo salientou que "Deus misericordioso é o Deus de todos, mesmo dos não crentes, e fez-nos todos diferentes. É essa diferença a riqueza da vida".

O professor descalçou os seus sapatos para entrar da sala de oração, visitou as instalações da mesquita e foi muito requerido por outros visitantes para tirar selfies. A família Fonseca, foi uma dessas famílias."Viemos de Vila Nova de Gaia passar o fim de semana a Lisboa e, por acaso, o meu filho Pedro (11 anos) é que pediu para virmos à mesquita, porque tinha estado a dar as cruzadas na escola. Foi uma boa surpresa encontrar aqui o professor Marcelo. Até somos apoiantes", conta sorridente Carlos Fonseca, economista, depois de ter tirado a fotografia

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