Marcelo assume-se candidato da "esquerda da direita"

Numa resposta a mandatário de Nóvoa, Marcelo disse que só não fez o serviço militar obrigatório porque se deu o 25 de abril de 1974

Marcelo Rebelo de Sousa assumiu-se hoje como o candidato "da esquerda da direita", explicando que, por isso mesmo, está mais imune do que Freitas do Amaral em 1986, que teve mais votos à primeira volta, mas perdeu as eleições na segunda - fruto da chamada maioria sociológica de esquerda.

Num paralelismo com as presidenciais de 1986, que dividiram o país em esquerda e direita e foram as únicas em que houve segunda volta - o candidato presidencial explica que "havia um confronto ideológico muito grande que não existe nesta campanha. Não há clivagens ideológicas".

Quanto ao facto de Diogo Freitas do Amaral ter perdido as eleições, Marcelo, que falava na pastelaria Madrilena, na Guarda, acredita que a derrota aconteceu porque "vinha do CDS, não vinha do centro, da esquerda da direita".

O candidato reagiu ainda às acusações do mandatário distrital de Viseu de Sampaio da Nóvoa, o general Ferreira do Amaral, que acusou o ex-líder do PSD de não ter incumprido a lei do Serviço Militar Obrigatório (SMO). Marcelo explicou que na altura que deveria ter começado a cumprir o SMO, "no final de 1973, estava a estudar, a acabar o curso, a fazer o mestrado" e "ia ser chamado, em 1974, se não tivesse havido o 25 de abril teria certamente sido chamado a cumprir o Serviço Militar Obrigatório". O candidato lamentou ainda este tipo de ataques entre pessoas que, antes da campanha, tinham uma relação cordial.

Pouco depois, numa pequena arruada na Guarda, um lojista ofereceu-lhe umas pantufas e Marcelo reafirmou que, caso seja eleito, só as usará na sua casa, pois não irá viver para o Palácio de Belém.

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