Mais incentivos e contratar 200 médicos reformados até ao final do ano

Estes são dois dos objetivos anunciados pelo ministro da Saúde. Adalberto Campos Fernandes afirma que quer devolver a confiança na saúde
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"Temos pela frente um enorme desafio que é devolver a confiança na saúde. Passa por apostar nos cuidados de proximidade, que são médicos e enfermeiros de família e postos móveis. Concretiza-se com a primeira grande colocação de médicos que vai acontecer nos primeiros dias de junho. Este ano vamos ter o dobro de médicos a formarem-se face aos que se reformaram", anunciou esta sexta-feira o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes.

Em entrevista à TVI 24, o responsável reconheceu que os incentivos criados pelo anterior governo para fixar médicos nas zonas carenciadas não eram atrativos. Questionado sobre o facto de apenas terem conseguido fixar 20 médicos até ao momento, como o DN noticiou na sua edição de hoje, Adalberto Campos Fernandes reafirmou que está a "procurar introduzir um modelo diferente, que não se esgota no dinheiro". "O que leva um jovem para um hospital é um projeto de vida, de carreira, mas também o que possa ser a diferenciação dos hospitais", disse, relembrando a criação dos centros académicos que reforçam a ligação dos hospitais à investigação.

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O reforço da resposta aos cidadãos, que a partir de maio passam a ter acesso à livre escolha e articulação aos hospitais do SNS através do encaminhamento feito do médicos de família para outras unidades com menores tempos de espera, será feito também nos cuidados de saúde primários.

"Temos muita esperança que com o incentivo de 75% [de vencimento sobre a reforma], os médicos reformados regressem ao sistema. Muitos estão a manifestar a intenção. Os incentivos do governo anterior não resultaram. O objetivo é até ao final do ano contratar 150 a 200 médicos reformados e colocar cerca de 200 novos médicos. Tenho evitado fazer promessas. Mas estou completamente seguro que até ao final legislatura todos os portugueses terão um médico de família e todos terão acesso a cuidados de proximidade", afirmou.

Sobre se estão a ser formados médicos a mais, o ministro explicou que "temos um problema de distribuição e uma relação serviço público/privado que não é saudável. Existe uma competição pelos recursos". A mesma pergunta foi feita em relação ao enfermeiros e à necesidade de contratação de mais 1500 profissionais com o regresso às 35 horas semanais. "Em função das necessidades identificadas, cada instutição terá capacidade para contratar as horas de enfermagem necessárias. Temos de garantir que a resposta é assegurada pelo número de enfermeiros que é preciso". assumiu.

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