José Silvano eleito com 78% dos votos no PSD
José Silvano foi eleito secretário-geral do PSD com 75 votos a favor, 16 brancos e cinco nulos no conselho nacional do partido que está a decorrer no Porto. Obteve assim 78% dos votos na confirmação do seu nome para o cargo, após ter sido escolhido por Rui Rio.
Foi com um discurso tranquilizador sobre o futuro político do PSD que Rui Rio se dirigiu ao Conselho Nacional do partido na primeira reunião deste órgão do partido, que decorreu no Porto. Apresentou as áreas em que irá fazer oposição direta ao Governo de António Costa, tendo passado uma ideia que as mudanças estruturais e estratégicas definem-se mais tarde. Neste sentido, não houve novidades de fundo sobre o Conselho Estratégico Nacional, cuja definição final e apresentação, apurou o DN, ainda irá demorar alguns dias.
A saúde, o negócio do Montepio e os incêndios são as três áreas que o líder do PSD considera serem de ataque prioritária por parte do partido no imediato. Para mais tarde ficam as reformas estruturais no Estado, na Segurança Social e na Justiça que voltou a defender explicando que o consenso entre partidos será sempre necessário o que não significa que o PSD se tenha aproximado do PS. Rio disse aos conselheiros nacionais e participantes neste encontro que pretende ser coerente com aquilo que definiu e a estratégia é para ser levada com tempo e de forma elaborada. E frisou que as eleições perdem-se, com o governo de António Costa, deixando a ideia que é sensato esperar pelos erros e não fazer oposição por oposição.
O referido Conselho Estratégico Nacional deverá ter em cada área duas figuras de liderança, uma para a coordenação e outra para a comunicação. Os nomes ainda estão a ser trabalhados e o intenção do PSD é replicar este conselho nacional a nível distrital, de forma a ter contribuições de estruturas regionais para a linha central do partido. Contudo, há várias distritais importantes que irão a eleições até junho e este é também um fator que está a ser levado em conta.
O conselho nacional teve uma elevada participação, com a sala do Hotel Crown Plaza no Porto a ficar completamente lotada. Figuras como Pedro Santana Lopes e Luís Montenegro não estiveram presentes mas indicaram pessoas para os representar. Após a intervenção de Rio, houve dezenas de intervenções que decorreram ao longo da madrugada.