Um consórcio chinês, que inclui a empresa estatal chinesa China Three Gorges, está a preparar uma OPA (Oferta Pública de Aquisição) sobre a EDP. A notícia foi avançada pelo Expresso, que acrescenta que o Governo não deverá colocar entraves a um possível negócio..Ao DN, o deputado socialista Luís Testa afirmou que o partido "acompanha com interesse a movimentação de grupos económicos relativamente a uma empresa que é privada". "Portanto, aquilo que o Estado deve assegurar é que o comportamento seja pelas regras do mercado e com respeito às regras de regulação do mercado", acrescentou..Assumindo que o PS tem um "interesse lógico" na EDP "porque é portuguesa e uma empresa estratégica para o país", disse ainda que "por respeito ao mercado", o Partido Socialista não se posiciona "nem contra, nem a favor". "Não é essa a nossa função", disse ainda.."Uma vez vendido o capital, aquilo que esperamos e aguardamos é que se zele para que as regras do mercado funcionem", concluiu..Posição contrária tem o Partido Comunista. Em declarações ao DN, Vasco Cardoso da Comissão Política do PCP afirma que "a instabilidade a que a EDP está sujeita e aquela a que estará sujeita a confirmar-se esta OPA" não garante os interesses do país..E reitera a obrigatoriedade de se voltar a trazer a energética nacional para gestão pública. "Uma empresa estratégica para os interesses do país, não pode estar sujeita a questões financeiras nem a países estrangeiros. É necessário uma estratégia de recuperação de controlo público da EDP"..Para o Bloco de Esquerda a grande questão é também a privatização da EDP e não quem são os seus donos. Apesar desta posição, o partido de Catarina Martins apenas irá fazer comentários sobre a OPA chinesa à EDP quando esta for um facto confirmado, coisa que para já, para o partido não está claro que seja..Também do lado do CDS não existem, para já, comentários, mas fonte dos centristas afirmou que deverá existir um comentário oficial assim que for oportuno e que vão "esperar por mais detalhes"..Contactado pelo DN, Emídio Guerreiro, vice-presidente do bancada parlamentar do PSD, não quis tecer comentários sobre a questão, adiantando ainda não ter conhecimento sobre o facto de o partido poder apresentar, ou não, algum comunicado oficial sobre a OPA chinesa.