A investigação foi primeiro desencadeada internamente, pela própria PSP, quando no início do mês uma destas pistola foi apreendida a criminosos, no âmbito de uma operação policial no Porto. Rapidamente foi constatado que a Glock pertencia a um lote especial que estava armazenado na Direção Nacional da PSP, a sede da Penha de França. Na verificação dos registos concluiu-se que havia, pelo menos, mais de meia centena de outras destas pistolas que não estavam no armeiro..A Direção Nacional comunicou de imediato o caso ao Ministério Público (MP) que delegou na própria PSP a investigação..Os dois agentes diretamente responsáveis pelas armas foram suspensos preventivamente alvo de processos disciplinares..Como e para quem foram desviadas as armas é a pergunta que se coloca. O maior receio é estarem nas mãos de organizações criminosas e no mercado do tráfico internacional de armas..A Direção Nacional tentou que o caso não viesse a público nesta fase, para não prejudicar a investigação, mas o ministério da Administração Interna, depois de o DN ter pedido alguns esclarecimentos à PSP, decidiu assumir publicamente a situação. Em comunicado, o MAI confirma o caso..PSP exigiu a todos os agentes número de série da arma de serviço.A PSP pediu, há cerca de duas semanas, a todos os polícias para indicarem o número de série da arma com que trabalham, disse à agência Lusa fonte policial. O pedido foi feito em todos os comandos da PSP do país dois dias depois da apreensão da arma de fogo da polícia no Porto..Segundo a fonte, os polícias indicaram o número de série da arma de serviço aos comandantes de esquadra ou de departamento. Entretanto, fonte sindical defendeu a existência de uma base de dados com os registos de todos os números de série das armas de serviços atribuídos a todo o efetivo.