Hospitais vão ter mais equipamentos
O ministro da Saúde anunciou hoje que vai lançar um plano para reequipar os hospitais. "Vou anunciar um plano de reequipamento do SNS, que fará uso de recursos próprios e de recursos comunitários", adiantou Adalberto Campos Fernandes aos deputados na Assembleia da República durante o debate sobre o Orçamento de Estado da Saúde para 2017. O plano é de três anos.
Têm sido denunciadas dificuldades dos utentes em aceder a exames e meios complementares de diagnóstico. Tal como o DN noticiou, há quem espere 16 meses para a realização de uma ressonância magnética na área da neurocirurgia no Centro Hospitalar Lisboa Central. No norte, a espera pode chegar a seis meses no Centro Hospitalar do Porto.
Já posteriormente, o ministro da Saúde explicou que já foi feito um levantamento preliminar das necessidades que serão depois conferidas com os hospitais até ao final do ano, quando forem assinados os contratos-programa. "Contamos que até ao final do ano esse plano esteja quantificado, planeado e passará a ser executado a partir de janeiro. Contamos também a possibilidade de recorrer a fundos comunitário, o que permite completar em muitas regiões do pais com meios financeiros importantes, mas diria que se trata de um plano que poderia custar por ano 70 a 80 milhões de euros", disse, referindo que se tratam de dezenas de equipamentos.
Aos deputados, Adalberto Campos Fernandes voltou a lembrar que os exames e meios de diagnóstico vão ter tempos máximos de resposta, tal como têm já as primeiras consultas de especialidade e cirurgias.
"Este vai ser o primeiro governo a ter publicado até ao final do ano tempos máximos de resposta garantidos para meios complementares de diagnóstico e terapêutica. A partir de 2017, os hospitais ficarão responsabilizados por encontrar resposta. Não poderá haver uma pessoa que deixe de fazer, quando seja necessário, o exame que precise seja dentro ou fora do SNS, ficando a responsabilidade atribuída ao hospital", afirmou o ministro da Saúde.
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A falta de profissionais e equipamentos obsoletos são assumidos por profissionais, quer a Ordem dos Médicos - que falou também de problemas com equipamentos de ecografias - quer pela Associação dos Administradores Hospitalares. A falta de resposta levou mesmo a que o diretor do serviço de radiologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra não aceitasse a recondução do cargo.
Na nota explicativa do ministério, é possível ver que o Orçamento para 2017 prevê 53 milhões de euros em investimento, os quais 20 milhões são para renovação de instalações e equipamentos. A estes juntam-se mais 25 milhões para os lançamentos de três hospitais - Seixal, Évora e Lisboa Oriental - e oito milhões de euros para a construção e remodelação de centros de saúde.
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Nos últimos meses, o ministério tem assinado com várias autarquias contratos para a construção de novos espaços para receber centros de saúde instalados em prédios ou novas unidades.