Aplicações de entidades públicas em offshores?  FMI deve explicar

Governo diz que até ao momento nada foi detetado. Mas se alguém está a ocultar informação, seria "extremamente grave"
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O Governo está a contactar o FMI para perceber a origem da informação segundo a qual haverá entidades públicas portuguesas com aplicações em paraísos fiscais, já que até ao momento nada foi detetado.

O secretário de Estado Adjunto, do Tesouro e das Finanças, adiantou que até ao momento foram contactadas "quase uma centena" de empresas públicas e desses contactos não surgiu qualquer informação que revelasse aplicações financeiras para países na lista de paraísos fiscais.

Ricardo Mourinho Félix respondia no parlamento a um pedido de esclarecimento do PEV, no debate de atualidade sobre o sistema financeiro suscitado hoje pelo PCP.

O secretário de Estado adiantou que o Governo está a "contactar o FMI para perguntar de onde recebeu" a informação segundo a qual há entidades públicas portuguesas com aplicações em `offshores" e admitiu que possa ter havido "um erro de classificação".

Caso se confirme que alguém está a ocultar informação, seria "extremamente grave", disse.

Se for identificada alguma situação, acrescentou, o executivo tentará perceber "qual é a razão, que parece difícil de justificar", e também por que é que essa aplicação está oculta.

Na semana passada, o BE enviou um requerimento ao Governo a questionar que entidades públicas têm aplicações em `offshores" e lembrou que, em 2008, foi anunciado pelo FMI que "no perímetro do Estado português existiriam 151 milhões de euros" aplicados nesse tipo de sociedades.

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