"Há com certeza alguma área ou outra do Estatuto dos Militares das Forças Armadas que vai merecer revisão, mas ainda não é tempo para concretizar", disse o ministro, em declarações à Lusa, antes de partir para Lisboa, depois de uma deslocação a Marrocos na segunda-feira para reforçar os laços de cooperação com aquele país na área da Defesa..O parlamento debate hoje um projeto de lei do PCP que visa alterações ao EMFAR para facilitar a passagem à reserva, a progressão nas carreiras e introduzir melhores condições de conciliação entre a vida militar e as obrigações parentais..No projeto de lei, o PCP defende também a substituição do dever de "isenção política" pelo dever de "isenção partidária", retomando a formulação anterior às alterações aprovadas pelo anterior governo PSD/CDS-PP..Questionado sobre estas propostas, Azeredo Lopes afastou a possibilidade de introduzir para já alterações à lei que impliquem mais despesa invocando que se mantém em 2017 "constrangimentos orçamentais".."O ministério iniciou um varrimento para avaliar as regras estatutárias. Há algumas áreas em que será mais fácil a alteração, há outras em que por questões da realidade não tem cabimento", disse..Já quanto à proposta para que o EMFAR volte a prever, entre os deveres especiais dos militares, o "dever de isenção partidária", retirando a formulação "dever de isenção política", Azeredo Lopes admitiu que é uma questão que pode exigir "um esforço de harmonização e clarificação"..Depois de na fase inicial da governação ter rejeitado a "fúria legislativa" nas áreas da Defesa, Azeredo Lopes sustentou hoje ser importante que o "debate sobre as Forças Armadas se vá desenvolvendo, quer nas dimensões mais estratégicas quer no que toca à condição militar".