Gorduras do Estado não baixaram durante os anos da troika
Consumos intermédios mantiveram-se quase inalterados entre 2011 e 2014
A austeridade não chegou às "gorduras" do Estado. É esta a conclusão de um balanço, feito pela TSF, das despesas intermédios do setor público durante os anos de intervenção externa da troika constituída pelo FMI, Banco Central Europeu e Comissão Europeia.
De acordo com os dados citados, em 2011 a República gastava 10,64 mil milhões de euros - equivalentes a 6,05% do PIB - com estas despesas, chegando-se ao final da intervenção externa, em 2014 com uma fatura de 10,08 milhões. O corte de 632 milhões de euros não impediu que o peso destes encargos se mantivesse nos 5,98% do PIB.
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De acordo com o Orçamento do Estado em discussão para este ano, a despesa em consumo intermédio terá em 2016 um aumento de 8,6% (912 milhões de euros), atingindo 11,5 mil milhões de euros, o valor mais elevado desde 2009. O atual governo culpa as parcerias público-privadas pelo peso destes encargos.