Ex-ministros e outros políticos portugueses envolvidos nos Papéis do Panamá

Gestor de fortunas de um banco do Luxemburgo tinha como clientes políticos portugueses, bem como um chefe de estado
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Antigos ministros e outros políticos portugueses, referidas como "pessoas politicamente expostas" estão envolvidos nos Papéis do Panamá (Panama Papers), segundo avançou esta sexta-feira a TVI, qyue teve acesso aos documentos do caso que abana as finanças e a política mundial.

Segundo este canal, um gestor de fortunas do Banco Internacional do Luxemburgo (BIL, sigla em francês), Jorge Humberto Cunha Ferreira, terá angariado clientes em Portugal, África e América Latina desde 2012.

O gestor pretenderia criar contas offshores e contactou a empresa Mossack Fonseca, a sociedade de advogados que está no centro da polémica. Nos documentos revelados pelo Consórcio Internacional de Jornalistas, uma das revelações aponta que Jorge Ferreira teria como clientes "ex-ministros e/ou políticos" e que, por isso, iriam ser referidos como "PEP (pessoas politicamente expostas)".

No entanto, nenhum nome em concreto foi hoje revelado.

No relatório é ainda divulgado que um presidente de um país, que não é identificado, é cliente do referido gestor português e que este queria "incorporar 10 a 15 empresas panamianas com contas bancárias no Panamá". Num ano, entre 2013 e 2014, a Mossack Fonseca criou 12 empresas de fachada ao gestor português, noticia a TVI.

O escândalo dos Papéis do Panamá está a envolver várias figuras políticas e não só internacionais e já levaram à demissão do primeiro-ministro islandês.

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