Edgar Silva: "Há mais de 20 anos que defendo o fim da vergonha das subvenções"
Questionado pelos jornalistas sobre de Maria de Belém deveria desistir da candidatura, tendo em conta a sua posição a favor das subvenções vitalícias dos políticos, o candidato comunista lembrou que no seu caso, desde 1996, quando foi deputado na assembleia regional, defende "o fim dessa discriminação vergonhosa", tendo apresentado legislação, chumbada, nessa altura.
Estas subvenções, "um privilégio para alguns envergonha a democracia". Estranha que "só agora alguns tenham reparado nisso. Quando ao facto de Maria de Belém ter sido uma das defensoras da medida, Edgar Silva entende que "caberá a cada um, incluindo à Dra. Maria de Belém, responder eticamente sobre as suas posições".
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Sobre o orçamento de 2016, o candidato manifestou a sua confiança no cumprimento dos compromissos assumidos no acordo com o PS. "Acreditamos - e vários estudos o confirmam - que é possível repor os rendimentos e os direitos roubados aos trabalhadores sem por em causa as contas públicas", sublinhou.
Quanto às eventuais "exigências" de Bruxelas, que podem comprometer algum pontos desse acordo, no que diz respeito a um aumento da despesa pública, lembra que "é inequívoca" a sua "defesa permanente da soberania nacional, contra qualquer pressão do estrangeiro. Nada deve obrigar Portugal a vergar a espinha". E deixa um recado a António Costa: "Na linha dos compromissos assumidos no âmbito da solução de governo, isso exige o cumprimento de medidas acordadas para a restituição dos direitos e rendimentos".
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