Cerca de um quarto do efetivo da PSP pode sair até 2020
Quase um quarto do efetivo da PSP pode sair até 2020, mais precisamente cerca de 6300 agentes, avança hoje o Jornal de Notícias. A sangria, confirmada ao jornal pela Direção nacional da PSP, está a provocar alguma preocupação na medida em que pode ter consequências operacionais, uma vez que não há planeamento que compense as saídas. No entanto, o ministério da Administração Interna diz à publicação que não haverá consequências operacionais.
De acordo com o JN, estas previsões de saídas da PSP estão relacionadas com o novo estatuto da PSP, consagrado no Decreto-lei n.º243/2015 de 19 de outubro, que facilita o acesso à pré-aposentação, mas sobretudo devido ao facto de centenas de agentes estarem há anos à espera de sair, o que foi agora desbloqueado. Tem também a ver, diz a mesma fonte, com o facto de, nos anos 1980, ter sido dada formação a contingentes anuais de mil jovens, acumulando pré-aposentações e aposentações que foram libertadas com o novo estatuto.
O ministério, na resposta dada ao JN, não fala nos 6300 agentes que poderão sair até 2020 à conta das pré-aposentações e aposentações, mas apenas nos "até 2800" que poderão sair por pré-aposentação até 2019. O gabinete de Constança Urbano de Sousa diz que não haverá consequências operacionais, uma vez que as saídas poderão ser compensadas com novas admissões e com medidas que permitam que os polícias se concentrem nas suas missões e não em tarefas que podem ser desempenhadas por elementos não policiais, além de medidas com vista à simplificação de procedimentos administrativos.