CDS pede ação firme na defesa da liberdade religiosa

Há "inconsistência no que é o discurso" do Governo "sobre a matéria e do que é a ação concreta nos fóruns internacionais"

Com a visita do Papa no horizonte, o CDS vai tentar fazer coincidir um debate em plenário na Assembleia da República sobre liberdade religiosa, onde quer recomendar ao Governo "uma atuação firme, ativa e global na defesa da liberdade religiosa".

Como explicou a deputada Ana Rita Bessa ao DN, há "uma certa inconsistência no que é o discurso" do executivo socialista sobre esta matéria "e do que é a ação concreta nos fóruns internacionais", nomeadamente no Conselho de Direitos Humanos (CDH) das Nações Unidas (onde Portugal tem assento por mais um ano) e no Conselho Europeu dos Negócios Estrangeiros.

"O ministro dos Negócios Estrangeiros tem afirmado - e já o afirmou ao grupo parlamentar do CDS - que reconhece um problema internacional de liberdade religiosa e que, para este Governo, esse problema se reveste de "aguda prioridade" na intervenção internacional", notou Ana Rita Bessa, para quem "Portugal não tem tido um discurso coincidente com esta aguda prioridade que define no discurso interno".

Para além das iniciativas que a bancada centrista "tem tido para manter este tema na agenda", a deputada reconheceu que a vinda do Papa é uma oportunidade "para criar notoriedade sobre o tema", discutindo o projeto de resolução "deliberadamente em plenário".

Ana Rita Bessa preferia que o Governo português tivesse atuado já mais cedo, "mas mais vale tarde do que nunca". "Portugal tem ainda tempo para poder fazer esta intervenção, que deixe uma marca", especificamente no tema dos direitos humanos, de que "à preocupação com a liberdade religiosa não tem sido dada um destaque próprio".

A deputada do CDS sublinhou que este não é um projeto de resolução que se limite a falar dos cristãos. "Fazemos referência [à perseguição de cristãos] pelo facto de hoje em dia o grupo religioso com maior número de perseguidos ser o de cristãos, o que é um bocadinho fora do senso comum, mas a preocupação não é especificamente com os cristãos perseguidos, é de facto lata com a existência de liberdade religiosa".

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