Cavaco homenageia gestores e empresários, os "heróis" da recuperação económica

O Presidente da República homenageou hoje os gestores e empresários, considerando que foram estes os "verdadeiros heróis da recuperação da economia portuguesa" porque são os privados que investem na modernização e na inovação, que exportam e criam emprego.

"Distinguimos hoje um conjunto de personalidades que se destacaram na área empresarial, mas ao mesmo tempo prestamos homenagem às empresas privadas que nos últimos anos deram um contributo da maior importância para a recuperação da economia portuguesa", afirmou o chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, numa intervenção na cerimónia de condecoração de sete gestores e empresários, entre os quais o presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), António Saraiva.

Sublinhando os empresários portugueses foram "os verdadeiros heróis da recuperação da economia portuguesa", Cavaco Silva lembrou que são as empresas privadas que investem "na modernização tecnológica e na inovação, são elas que exportam fazendo chegar os produtos portugueses a novos mercados, são elas que criam emprego".

"Ao longo destes dez anos percorri todo o país e tive ocasião de encontrar centenas de empresários, encontrei mulheres e homens determinados e firmes, não baixando os braços, procurando vencer e dar um contributo para o desenvolvimento do nosso país", vincou, destacando a forma como os empresários têm apostado em produzir com qualidade para conquistar novos mercados.

Falando antes de impôr as insígnias a António Saraiva, João Bento, João Manuel Resende Picoito, António Raposo de Lima, Adelino Silva Martins, José Ricardo Lopes Abrantes, Alberto Manuel Coutinho Henriques, o Presidente da República lembrou ainda o "Roteiro para uma Economia Dinâmica" que realizou, visitando empresas que apostam na inovação.

Na sua intervenção, o chefe de Estado destacou igualmente o papel do presidente da CIP no "diálogo social" e o seu empenho em contribuir para o entendimento entre os parceiros sociais e reconheceu que o tempo da globalização não é fácil para a vida de qualquer empresa, com a forte concorrência a obrigar a uma aposta permanente na inovação, no apoio aos clientes e na conquista de novos mercados.

Em nome dos sete homenageados, António Saraiva notou que os empresários e gestores "nem sempre são compreendidos, nem sempre estimados, nem sempre considerados", existindo ainda um "forte estigma" sobre o seu papel.

"Num mundo de permanentes incertezas e num país nem sempre favorável à inovação e ao empreendedorismo, numa sociedade caracterizada por mais direitos que deveres, ser gestor e empresário constitui já em si um ato de coragem e de sã rebeldia", salientou.

António Saraiva e João Bento foram condecorados com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique e João Manuel Resende Picoito com a Grã-Cruz da Ordem do Mérito Empresarial, classe do Mérito Industrial.

António Raposo de Lima e Adelino Silva Martins foram distinguidos como comendadores da Ordem do Mérito Empresarial, classe do Mérito Comercial, João Ricardo Lopes Abrantes recebeu a insígnia de comendador da Ordem do Mérito Empresarial, classe do Mérito Industrial.

Alberto Manuel Coutinho Henriques foi condecorado como oficial da Ordem do Mérito Empresarial, classe do Mérito Industrial.