Capitão de Abril volta a questionar "fuga" de Marcelo ao serviço militar

Vasco Lourenço lembra cartas do candidato presidencial a Marcello Caetano e acusa ex-líder do PSD de ter apoiado ações da PIDE
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O capitão de abril e presidente da Associação 25 de Abril, Vasco Lourenço, distribuiu ontem um texto com várias acusações contra Marcelo Rebelo de Sousa, nas quais se incluem as de compactuar com o regime do Estado Novo, apoiar ações repressivas da PIDE e onde volta a questionar o não cumprimento do Serviço Militar Obrigatório.

Vasco Lourenço é um dos principais apoiantes de Nóvoa e pediu mesmo aos vários destinatários do texto, que a divulgassem nas redes sociais. No mesmo texto, Vasco Lourenço diz que, no 25 de abril de 1974, Marcelo "andava a escrever cartas ao padrinho, Marcelo Caetano, semelhantes à que lhe escreveu em 1972, quando do Congresso de Aveiro da Oposição: força, mande que a PIDE e a Polícia de Intervenção lhes chegue com mais força, a esses energúmenos que andam a questionar a justeza da guerra colonial. Só se perdem as que caiem no chão..."

O capitão de abril volta a levantar suspeitas sobre o não cumprimento do Serviço Militar Obrigatório (SMO) de Marcelo Rebelo de Sousa, questionando: "onde andou Marcelo entre 1971 e 1974?" Vasco Lourenço diz que "tendo terminado o curso universitário em 1971 e não sofrendo de qualquer doença impeditiva - tanto quanto se sabe - só pode ter sido dispensado da incorporação no serviço militar por cunha de alguém importante." E ainda acrescenta: "Terá sido o paizinho, ou foi o próprio padrinho? Era bom que Marcelo esclarecesse isso ..."

A única vez que Marcelo reagiu a este assunto na campanha foi há três dias. O candidato reagiu, na altura, às acusações do mandatário distrital de Viseu de Sampaio da Nóvoa, o general Ferreira do Amaral, que acusou o ex-líder do PSD de não ter incumprido a lei do SMO.

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Marcelo explicou que na altura que deveria ter começado a cumprir o SMO, "no final de 1973, estava a estudar, a acabar o curso, a fazer o mestrado" e "ia ser chamado, em 1974, se não tivesse havido o 25 de abril teria certamente sido chamado a cumprir o Serviço Militar Obrigatório".

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