BE pede "penalização intensiva" para empresas que abusam de precários

"Se a penalização não for forte, compensa o abuso", defendeu a coordenadora do BE, Catarina Martins
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A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, advogou hoje uma "penalização muito intensiva" para as empresas que abusam das situações de precariedade, caso contrário esse abuso compensará "sempre".

"É preciso uma legislação que não fomente o abuso e uma penalização muito intensiva das empresas que recorrem a este tipo de abuso", sublinhou Catarina Martins, em declarações num colóquio do Conselho Nacional de Juventude, em Lisboa.

Falando na presença de cerca de 20 jovens, e perante algumas centenas que seguiam a intervenção pela Internet, a bloquista sublinhou que, no caso da precariedade, "se a penalização" para as empresas não for forte, compensa sempre o abuso" dos trabalhadores.

"O Estado é o maior empregador de precários do país", declarou ainda, justificando o relatório feito sobre a situação e pedindo novos passos para a integração desses trabalhadores nos quadros.

No debate com jovens, que durou cerca de uma hora, Catarina Martins abordou ainda problemas relacionados com o Ensino Superior, o Código de Trabalho e matérias europeias.

Neste ponto, e detalhando o tema na moeda única, a líder bloquista lamentou a forma "absolutamente assimétrica" como está desenhado o euro, com "circulação de capital e de pessoas das periferias para o centro" da Europa.

"Quanto mais baixos são os salários na periferia, mais há pressão para todos os salários na Europa serem baixos", declarou.

Catarina Martins escusou-se a falar aos jornalistas à margem do colóquio, remetendo comentários sobre outras matérias - como as previsões económicas de Bruxelas ou a Caixa Geral de Depósitos (CGD) - para terça-feira.

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