BE pede revisão laboral para permitir equilíbrio entre vida pessoal e profissional

Catarina Martins defendeu a alteração da legislação laboral de modo a facilitar a conciliação entre a vida profissional e pessoal, "aquilo que as pessoas mais ambicionam em Portugal e com que mais se preocupam"
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A coordenadora do BE, Catarina Martins, defendeu esta segunda-feira a alteração da legislação laboral para facilitar a conciliação entre a vida profissional e pessoal, principal preocupação apontada pelos portugueses no "Estudo Global de Confiança dos Consumidores".

"É um forte sinal de que o BE tem razão quando diz que é essencial alterar a legislação laboral e voltar a recuperar direitos básicos que permitam às pessoas ter um trabalho com horários mais regulados, com um salário mais valorizado, que combata a precariedade e possa permitir essa conciliação entre a vida familiar e profissional que é aquilo que as pessoas mais ambicionam em Portugal e com que mais se preocupam", disse, referindo-se ao estudo que foi hoje conhecido e que aponta que o índice de confiança dos portugueses subiu para níveis nunca antes alcançados.

Catarina Martins falava no Fundão, distrito de Castelo Branco, onde participou numa ação de pré-campanha para eleições de 01 de outubro realizada no mercado semanal local, onde aproveitou para dar conhecer a candidatura bloquista à Assembleia Municipal do Fundão, que marca a estreia deste partido nos combates autárquicos do concelho.

Depois de contactar com vários populares e vendedores, Catarina Martins lembrou os indicadores do Estudo Global de Confiança dos Consumidores, apresentados no relatório internacional da Nielsen, e referiu que a subida do índice de confiança dos portugueses representa "um sintoma claro de confiança da população numa solução política que tem permitido a recuperação dos rendimentos do trabalho, salários e pensões".

No que se refere à preocupação manifestada relativamente à conciliação entre a vida profissional e familiar, a líder do BE frisou que tem de se continuar a travar a batalha pela "reconstituição dos direitos do trabalho" e pelas "alterações da legislação laboral".

Questionada sobre a questão da Autoeuropa, Catarina Martins apontou essa situação como um sintoma da "necessidade que existe de conciliação da vida profissional, com o direito à vida familiar".

A coordenador do BE escusou-se, contudo, a comentar as queixas de partidarização do processo: "O que BE tem dito fala por si próprio. A Autoeuropa tem uma experiência de democracia na tomada de decisão pelos seus trabalhadores que não existe em mais nenhuma empresa em Portugal e, portanto, são os trabalhadores que decidem e definem a sua luta", apontou.

Catarina Martins recusou igualmente as acusações de eleitoralismo feitas pelo PSD relativas ao anúncio de medidas para o Orçamento do Estado para 2018 e reiterou que, "infelizmente, a direita não tem nenhuma proposta para o país.

"A direita está fora de jogo e as negociações fazem-se à esquerda", acrescentou.

Confrontada com a proposta do CDS-PP para a redução do IRC, a coordenadora do BE disse que "é própria das características da direita" por pretender privilegiar as grandes empresas, mantendo o IRS para os trabalhadores.

O Estudo Global de Confiança dos Consumidores, realizado pela Nielsen, baseia-se num inquérito 'online' a 30.000 inquiridos em 63 países e foi realizado em Portugal entre os dias 20 de maio e 10 de junho, com uma amostra de 499 inquiridos.

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