"As rondas também se fazem a pé", diz ministra da Administração Interna

Constança Urbano de Sousa reconheceu que há menos dinheiro para os carros da PSP, mas diz que a gestão do orçamento "é flexível"
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A ministra da Administração Interna garantiu que "não vai haver carros patrulha parados por falta de combustível". Em resposta a uma pergunta do deputado do PSD Fernando Negrão, sobre a diminuição para metade da verba atribuída para os combustíveis, Constança Urbano de Sousa admitiu que houve essa redução, mas sublinhou que "há outras verbas que não são gastas e podem ser transferidas. A PSP sempre fez essa gestão flexível. Nunca se viu nenhum carro da polícia parado por causa de falta de combustível." E acrescentou: "As rondas também se fazem a pé", dando o exemplo do reforço policial que se tem verificado desde o final do ano passado, com patrulhas apeadas, mais "musculadas" nas zonas de maior aglomeração de pessoas, em prevenção da criminalidade mais violenta, incluindo o terrorismo.

A ministra apresentou na noite de quarta-feira o orçamento do seu ministério. As verbas previstas para 2016 totalizam 2 023 mil milhões de euros, com um aumento de 25 milhões em relação a 2015. Destacou duas "heranças" negativas do anterior governo. Mais acidentes graves e uma diminuição de polícias."Em 2013 e 2014 há um aumento do número do número de acidentes com vítimas", é escrito. Segundo os dados apresentados, em 2012 houve 29867 acidentes com vítimas, em 2013 foram 30339, e em 2014 foram 30 604. Embora "o número de vítimas mortais tem tido uma tendência decrescente, nos últimos dois anos haja um aumento do número de feridos graves". Foram 2054 em 2010, 2152 em 2013 e 2206 em 2014.O balanço em relação ao efetivo policial também não é positivo. Em quatro anos de governo de coligação PSD/CDS as forças de segurança "perderam 1 122" elementos.

Desde 2011 a PSP perdeu 529 polícia, a GNR perdeu 732 militares. Sendo que em 2016 passam à pré-aposentação na PSP cerca de 400 elementos. Mas para compensar um pouco o desequilíbrio este ano vão ser admitidos mais 850 elementos na PSP e mais 400 na GNR.

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