Almirante diz que "de nada servem lamentações" sobre falta de verbas

Novo chefe do Estado-Maior da Marinha alerta que essa atitude adia decisões, degrada meios materiais e desmotiva militares.

O novo chefe do Estado-Maior da Marinha afirmou esta segunda-feira que "de nada servem lamentações" por causa das restrições financeiras "ou esperanças vãs do reforço substantivo do orçamento".

"Estas duas posturas levam ao adiar das decisões, à degradação dos meios materiais e à desmotivação do pessoal", frisou o almirante Silva Ribeiro, no seu discurso de apresentação às estruturas da Marinha e da Autoridade Marítima Nacional (AMN).

O almirante Silva Ribeiro foi empossado sábado para um mandato que deve ser de apenas ano e meio, dado estar apontado pela tutela como sucessor do chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, general Pina Monteiro, quando este militar do Exército cessar funções em meados de 2018.

No discurso na Casa da Balança, Silva Ribeiro apresentou as suas "três linhas de ação estratégica": fomentar o desempenho pessoal e institucional na Marinha e na AMN, melhorar capacidades para superar as dificuldades ao nível dos recursos humanos e materiais, aproveitar as oportunidades existentes (como o acesso a fundos comunitários, por exemplo).

Numa cerimónia em que estiveram presentes três antecessores, os almirantes Vidal Abreu, Melo Gomes e Saldanha Lopes, Silva Ribeiro considerou adequado o atual "modelo de articulação institucional" entre a Marinha (militar) e a AMN (civil).

Agora "importa proceder à consolidação" desse enquadramento legal - que coloca um chefe militar a tutelar uma polícia e órgão de polícia criminal - através da aprovação da lei orgânica da AMN, defendeu ainda Silva Ribeiro.

No caso da Polícia Marítima, o almirante Silva Ribeiro insistiu na necessidade de reforçar o seu quadro de pessoal e rever o respetivo estatuto.

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