"A força das suas convicções vão fazer-nos muita falta"

O ministro dos Negócios Estrangeiros considerou hoje que se devem ao presidente honorário do PS, Almeida Santos, algumas das "traves mestras" da primeira legislação democrática, destacando a força das suas palavras e das suas convicções.
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Augusto Santos Silva falava aos jornalistas à chegada à capital de Cabo Verde, Praia, no início de uma visita oficial a este país de expressão portuguesa, logo após ter tomado conhecimento da morte do presidente honorário do PS, António de Almeida Santos.

Para o ex-dirigente socialista, António deAlmeida Santos "foi um dos construtores da democracia portuguesa, designadamente no plano legislativo".

"Devem-se a António de Almeida Santosalgumas das traves mestras que constituíram a primeira legislação democrática. Assinalo a sua participação muito importante no processo de descolonização, mas, muito antes disso, foi também um combatente pela liberdade, um grande advogado e um jurista insigne", sustentou Augusto Santos Silva.

Ainda de acordo com o ministro dos Negócios Estrangeiros, o presidente honorário do PS, quando viveu em Moçambique, "distinguiu-se pelas suas propostas de descolonização pacífica".

"Depois do 25 de Abril de 1974, como membro do Governo, como deputado e como presidente da Assembleia da República, deu sempre o melhor de si à causa pública. Tive a oportunidade de trabalhar com ele como deputado, quandoAlmeida Santos era presidente da Assembleia da República, mas, naturalmente, também, aprendi com o seu exemplo no PS. A força da sua palavra e a força das suas convicções vão fazer-nos muita falta", acrescentou Augusto Santos Silva.

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