Vieira da Silva e Medina não avançam e estendem a passadeira a José Luís Carneiro para a liderança do PS
É, praticamente, um dado adquirido: José Luís Carneiro será o novo secretário-geral do Partido Socialista.
O DN já tinha adiantado que Fernando Medina não será candidato à liderança do partido e esta quinta-feira o Expresso avança que outros nomes fortes no seio do aparelho socialista, Mariana Vieira da Silva, Ana Catarina Mendes e Duarte Cordeiro, também não se vão candidatar.
Os antigos governantes irão "ao encontro do apelo de unidade do partido", nomeadamente por parte dos autarcas do PS, e assim estender a passadeira para que o ex-ministro da Administração Interna possa suceder a Pedro Nuno Santos.
José Luís Carneiro, derrotado por Pedro Nuno nas diretas do final de 2023, tem o apoio de algumas das maiores federações distritais do partido, sobretudo Porto, Braga e Coimbra.
Os autarcas socialistas pretendem que as diretas se realizem no início do verão, que não querem ver a campanha para as eleições autárquicas contaminada por um confronto pela liderança do partido a decorrer em simultâneo.
Fonte oficial do PS adiantou esta quinta-feira à Lusa que presidente do PS, Carlos César, vai propor à Comissão Nacional do partido a realização de eleições imediatas para o cargo de secretário-geral socialista, entre o fim de junho e início de julho.
De acordo com a mesma fonte, Carlos César ouviu nas últimas horas “diversas personalidades apontadas como possíveis candidatos à liderança do PS e optou pelo cenário de eleições imediatas apenas para o cargo de secretário geral do partido” na sequência da demissão de Pedro Nuno Santos do cargo após a pesada derrota nas legislativas de domingo.
Esta proposta, que será levada à Comissão Nacional do PS de sábado, foi subscrita também pelo líder do PS cessante.