Líder do PS tem o "desejo" de que exista apenas um candidato presidencial da área socialista.
Líder do PS tem o "desejo" de que exista apenas um candidato presidencial da área socialista.Foto: Gerardo Santos

Três Antónios, um Augusto e um César que diz "não". PS procura candidato

PS reúne Comissão Nacional para analisar as "Presidenciais" e "um perfil". No DN, relembramos a "promessa", "o Verão quente", a "surpresa", os nomes e as propostas para que se escolha um candidato.
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O cenário ? Seguro “vai mesmo avançar”; Vitorino “avançará em breve”; Augusto Santos Silva avança se Vitorino “não avançar”; Vitorino “não avança se Santos Silva avançar”; Sampaio da Nóvoa é “uma reserva do país em qualquer momento e circunstância”; Carlos César não avança por gostar de ser “militante de base”.

Como escolher? Ferro Rodrigues defende “primárias abertas dentro do PS” para escolher um candidato a Presidente da República; Pedro Adão e Silva que diz que o processo das Presidenciais tem sido gerido de forma “atabalhoada” e defende uma “consulta aos militantes, eventualmente aberta aos simpatizantes do partido”; Daniel Adrião quer antes um referendo” – que vai a votos na Comissão Nacional – , mas também já disse que o PS devia apoiar Gouveia e Melo. Explicação? “O PS tem que refletir sobre se não faz sentido seguir a posição da maioria do seu eleitorado”.

E agora? A convocatória para a reunião da Comissão Nacional tinha como ponto único “eleições presidenciais”, mas mudou.

Carlos César, como outros dirigentes socialistas ouvidos pelo DN , acreditavam que haveria “condições” de “optar por um desses nomes [António José Seguro ou António Vitorino] ou por nome qualquer” [Pedro Delgado Alves aventou o de Sampaio da Nóvoa] revelado “antes” – o que não aconteceu – ou no “próprio dia” da Comissão Nacional, este sábado.

Esgotada essa possibilidade, por ausência de “candidatos” e por "não ser crível uma surpresa", o caminho passou a ser definir “um perfil ou um calendário para o tratamento do tema”. Ao DN, fonte da direção acrescentou outro “tema”: as eleições autárquicas.

Que perfil?

O “perfil”, que Pedro Nuno Santos, secretário-geral socialista, e Carlos César, presidente do PS, já publicamente traçaram - alguém com “conhecimento no âmbito das relações internacionais e da complexidade do momento que hoje vivemos no mundo (...) um candidato creditado e com esse passado documentado” - e que Eurico Brilhante Dias, ex-líder parlamentar, critica por apontar a Vitorino como se Seguro “nunca tivesse ido a Badajoz” vai ser, assim, motivo de “reflexão”.

Ao DN, fontes parlamentares não alcançam a “pertinência” de uma “reflexão” que já está concluída e que “até o Seguro” já publicamente “escancarou” quando disse que “a direção nacional do PS tem claramente um candidato que é António Vitorino e, portanto, a reunião da comissão nacional do dia 8 ou dirá expressamente que o candidato do PS às eleições presidenciais é António Vitorino ou definirá um perfil que assentará como luva em António Vitorino”.

Um nome de “uma área política ampla do centro e da esquerda” que reduza a candidatura de Ventura e de Marques Mendes permitindo uma segunda volta frente a Gouveia e Melo “só é possivel se BE, Livre e PCP” se “unirem ao PS contra a direita do Almirante e do Ventura”, diz ao DN fonte dirigente socialista.

A questão do “perfil”, contudo, levanta dúvidas em dirigentes e deputados, ouvidos pelo DN, que questionam o facto de o partido “querer traçar prévios limites”.

“É uma eleição unipessoal. A nós só nos resta uma opção: apoiar ou não quem da nossa área política decida apresentar-se. Tentar condicionar é uma intromissão partidária num cargo que não o é”, diz ao DN fonte dirigente que cita Pedro Delgado Alves: “O verdadeiro perfil que representa a República é o que está assumido na Constituição”.

Três Antónios e um Augusto

Para além de António Seguro - que só na “Primavera ou Verão” anunciará uma decisão - e de António Vitorino - que “reflete” e gere o seu “timing” para uma decisão “para breve” - outros três nomes foram apontados nos últimos dias.

Pedro Delgado Alves, da direção do PS e que foi diretor de campanha de António Sampaio da Nóvoa em 2016, incluiu o agora professor universitário e ex-membro do Conselho de Estado, no lote dos quem têm “perfil” para Presidente da República e até o considera “uma reserva do país em qualquer momento e circunstância”.

Augusto Santos Silva, nome que vários deputados do PS ouvidos pelo DN consideram “inadequado”, voltou, outra vez, a colocar-se na corrida ao dizer que “não excluo nenhuma candidatura, seja ela à junta de freguesia, seja ela a qualquer outro lugar”.

O que o faria avançar? Uma recusa de Vitorino que fontes parlamentares do PS não excluem. O que faria Vitorino recuar? Uma candidatura de Augusto Santos Silva.

O terceiro nome dito “institucional”, perante o clima de “indecisão”, deveria ser, dizem ao DN dirigentes socialistas, alguém “presidente do partido e desde sempre conselheiro de Estado”: Carlos César.

O antigo líder do Governo Regional dos Açores já tinha dito a António Costa e também já o disse a Pedro Nuno Santos que “como presidente do partido sinto-me um militante de base, embora mais valioso, mas mais nada do que isso”.

Essa ponderação, porém, está agora a ser feita? Carlos César, ao DN, garante que “não”.

A promessa

“O PS apoiará um candidato como há muito tempo não faz, honrando os melhores Presidentes da República que Portugal já teve: Mário Soares e Jorge Sampaio”.

A frase é de janeiro de 2024, no discurso proferido no Congresso do PS, e “comprometeu” Pedro Nuno Santos a “uma escolha”, referem fontes socialistas, que se tornou na mais recente “crise interna, dividindo o partido por mais uma vez se ter falado cedo demais”- depois da do Orçamento, dos “ataques públicos a dirigentes” e até do “desligamento aos Governos do Costa”.

“Teve aplausos na altura? Teve. E agora? De que valeu a pena avançar com nomes, incluindo o do Seguro, para dizer que há bons nomes do PS e agora estarmos na iminência de haver dois candidatos?”, questiona um dirigente socialista.

Outro diz não perceber as “oscilações” de Mário Centeno [que recusou] para António Vitorino [que ainda não aceitou] só para “travar” Seguro que “vai mesmo avançar”.

“A intromissão nas decisões pessoais e os almoços com os possíveis candidatos não auguram nada de bom para as presidenciais”, refere outra fonte.

As “divisões” levaram já António José Seguro a dizer que a direção nacional de Pedro Nuno Santos “tem claramente um candidato que é António Vitorino” e que “a reunião da comissão nacional do dia 8 ou dirá expressamente que o candidato do PS às eleições presidenciais é António Vitorino ou definirá um perfil que assentará como luva em António Vitorino”.

Eurico Brilhante dias, ex-líder parlamentar, já veio dizer, por exemplo, que “esta procura a toda a velocidade de encontrarmos um perfil que encaixa no nome António e acaba em ino, talvez não seja a melhor maneira de resolver o problema”.

Esse “Ino” é para Ana Gomes um “espertalhuço, um lobista de negócios (…) que levou a que, por exemplo, o chefe da casa civil de Mário Soares, o Dr. Alfredo Barroso, tivesse um dia dito que isso seria ter um lobista de negócios em Belém. Ele próprio também disse que era uma espécie de equivalente do Daniel Proença de Carvalho, do PS”.

A outra certeza de Seguro? O líder do PS está com pressa e diz agora “o contrário” do que garantiu aos socialistas.

"O líder do PS disse repetidamente que primeiro deveriam manifestar-se os candidatos e depois manifestaria a sua posição; agora é o contrário: a Comissão Nacional está marcada e ainda não há candidatos que tenham manifestado a sua disponibilidade", sublinhou.

Não "ter" dois candidatos

Não obstante a "pressa" que Seguro diz que o PS tem, dentro do partido há quem discorde. "A eleição é daqui a um ano", diz fonte socialista, e "não há pressa em lançar um candidato", mas sim "uma necessidade de resolver a situação". O "mais importante" é apresentar "uma candidatura vencedora". Isso implicará "ir a uma segunda volta". E deixa um alerta: "Não podemos dividir o nosso eleitorado por dois candidatos."

Francisco César, deputado, líder do PS-Açores e membro por inerência da direção do PS considerava que “qualquer que seja o candidato seria ideal e útil que esclarecesse de forma clara as intenções” de uma candidatura a tempo da Comissão Nacional do partido marcada para este sábado - não aconteceu.

Ao DN, fonte dirigente socialista acredita ser necessário que António Vitorino “aceite ir a jogo porque sem ir a jogo nunca sabemos se ganhamos. É como jogar na lotaria: só ganha quem joga”.

“Seria ideal já ter um nome no sábado, mas não é relevante. O que se sente, e isso sim é importante, é o intenso apoio a um candidato”, diz ao DN outro dirigente socialista referindo-se a António Vitorino.

Vitorino é outro também referido por outro dirigente nacional do PS que espera que “desta vez ele saia da linha de partida” por ser, acredita, o “mais bem colocado”, mas diz fonte da Comissão Política Nacional dos socialistas, "não se pode forçar ninguém a apresentar uma candidatura".

A decisão e o timing, defende, "não dependem do PS". Para este dirigente, "é importante" para o partido "ter um candidato" para apoiar. E acrescenta "é útil lembrar: não se devem forçar pessoas a ser candidatos, mas sim apoiá-las se chegarem a ser".

Berta Nunes, apoiante de Costa contra Seguro em 2014, tal como a maioria dos presidentes de câmara dessa altura, e que mais tarde seria secretária de Estado, considera “positivo” a disponibilidade manifestada por António José Seguro, porque o antigo líder “cabe no perfil definido de ser militante do PS, embora a sua distância da cena pública nos últimos anos não seja boa, tanto para a notoriedade, como para a confiança dos portugueses nas suas posições, que ele não tem tornado públicas porque saiu da cena pública”.

No entanto, acrescenta, “ainda está a tempo de entrar e ter espaço e apoios”. E o que fará Berta Nunes? “Neste momento não tenho nenhum apoio definido e depende de quem se apresentar”, diz a ex-deputada socialista.

Ana Abrunhosa, ex-ministra da Coesão Territorial nos Governos de Costa, e que entre 2014 e 2019 dirigiu a CCDR do Centro e que entre 2008 e 2010 foi vice- presidente, considera que “a disponibilidade demonstrada por [António] José Seguro é consequência, em primeiro lugar, da sua vontade, mas também do apoio que terá sentido por parte de algumas pessoas do PS. Algumas das quais [referência a Francisco Assis] até já o apoiaram publicamente”. No entanto, sublinha, “é muito cedo para dizer se vai ser o candidato apoiado pelo PS”.

Francisco Assis, por seu lado, não tem dúvidas: “Eu apoiarei o candidato António José Seguro e portanto gostaria que o PS apoiasse o António José Seguro, se ele se apresentar como candidato.”

Assis recorda que o secretário-geral socialista, “falou de vários nomes e falou do Seguro, de quem ninguém falava na ocasião”, o que significa que Pedro Nuno Santos “equaciona essa possibilidade”.

“O que se passou em 2014, ficou em 2014”, disse Seguro. Só que não ficou. Ao DN, um dirigente socialista afirma não “conhecer ninguém de esquerda que tenha boas memórias dele”. E a “esquerda”, acentua, “tem memória”.

O regresso do Verão quente

"O que aconteceu em 2014, não ficou em 2014. O que aconteceu nas eleições internas, não ficou nas eleições internas. O que aconteceu nas Europeias, não ficou nas Europeias. O que aconteceu no Orçamento, não ficou no Orçamento. O que está a acontecer nas presidenciais, não vai ficar nas presidenciais. E renegar o passado do governo socialista é também arrependimento de ter anunciado um aeroporto à revelia do Costa?”.

A análise, que este dirigente socialista diz ser “constatação”, reflete 416 dias de liderança de Pedro Nuno Santos a 7 meses das Eleições Autárquicas e a 11 das Eleições Presidenciais e com o “reacender de um rastilho” que deixou marcas “internas” que se prolongam desde 2014 - o “poucochinho” de António Costa que derrubou o secretário-geral António José Seguro, em eleições primárias, que tinha ganho as autárquicas em 2013 e as Europeias de 2014 com 31,46% dos votos contra os 27,71% do PSD e CDS.

É sublinhado, apesar de Pedro Nuno Santos ter dito que as Europeias de junho 2024 transformaram o PS na “primeira força política em Portugal (…) tivemos mais votos e mais mandatos”, que o resultado ficou abaixo do que António Costa conseguiu em 2019 (9 eleitos) e foi igual ao de António José Seguro em 2014 (8 eleitos).

Acentuado, porque a “esquerda tem memória”, é a tradução de que “mais mandatos” só significou um eurodeputado a mais e toda “uma equipa bem vista em Bruxelas e com trabalho reconhecido” afastada “porque sim”. E ficaram marcas de saída? Fonte próxima de antigos eurodeputados garante que “mágoas destas não se esquecem”.

Porém, é dos que foram escolhidos - ou “afastados de Lisboa”, na leitura de um antigo eurodeputado - que têm surgido críticas à atuação de Pedro Nuno Santos. Marta Temido, Francisco Assis e Ana Catarina Mendes, por exemplo - “talvez por estarem soltos de Lisboa”, refere fonte parlamentar - não se “coíbem” de “dizer o que pensam ainda que isso contrarie as certezas” do secretário-geral.

O reavivar do verão quente socialista de 2014 “traz”, por isso, “à memória”, recorda outro dirigente socialista, as palavras de Costa e o célebre “poucochinho”.

“Eu sei que muitas vezes se diz que por um se ganha e por um se perde. É verdade, no futebol é assim. Na política não é assim. É que a diferença faz muita diferença, na política. É que quem ganha por poucochinho é capaz de poucochinho. E o que nós temos de fazer não é poucochinho. O que nós temos de fazer é uma grande mudança”, disse, nessa altura, o então presidente da Câmara de Lisboa.

Para a “mudança” nas Legislativas de 2015, António Costa teve como apoiantes, entre outros, Ferro Rodrigues, Augusto Santos Silva, Maria de Belém, Duarte Cordeiro, João Galamba, Pedro Delgado Alves, Pedro Nuno Santos e Carlos César que dizia que o PS de Seguro poderia “comprometer” o “sucesso” do partido nessas eleições.

Seguro perdeu as eleições primárias socialistas, o novo secretário-geral foi a votos nas Eleições Legislativas e perdeu para Pedro Passos Coelho e Paulo Portas.

PSD/CDS obtiveram 38,36% dos votos e 107 deputados e o PS 32,31% e 86 deputados. A derrota foi transformada em vitória com o apoio de BE (19 deputados nessa altura) e do PCP (17 deputados) - uma geringonça que duraria até 2019.

Parecendo distante, os de 2014, de um lado e de outro, “continuam, salvo algumas exceções, iguais”, constata um antigo dirigente. E “isso”, assegura, “está a contaminar” o processo das eleições presidenciais - como veremos mais adiante.

Os ziguezagues”

A palavra é usada, por fontes parlamentares, enquanto outras preferem “hesitação”, “inconsistência” ou a ideia de que “diz-se uma coisa hoje, outra diferente amanhã e quando já nada mais se diz, acusa-se, como já o fez, dirigentes do PS de fazerem o jogo da direita, o jogo do governo”.

O primeiro dos “ziguezagues”, referem fontes parlamentares, começou logo após a vitória da AD quando nos “comprometemos cedo demais “ com um Orçamento Retificativo que “nem o governo pediu ou sugeriu e que claro nunca avançou para isso” e com “a aprovação do Programa do Governo”.

“Na prática”, considera um antigo dirigente, “demos de borla argumentos ao Governo para dizer que não fazia sentido aprovarmos o programa da AD, que era o mesmo o programa eleitoral, e não aprovarmos o Orçamento que traria essas medidas”.

O segundo, acrescentam, foi nas “mil variantes” sobre o que fazer com o Orçamento do Estado. “E aqui, novamente, falámos cedo demais. Não conhecíamos o Orçamento, mas já dizíamos que seria praticamente impossível fazer uma aprovação”.

Desde esse “praticamente impossível”, a disponibilidade de Pedro Nuno Santos passou pela versão de “muito difícil”; de uma “abertura”; de “superável”; depois um “viabilizar” antecedido ; houve ainda um “abraçar (…) para construir uma solução comum”; ainda, mais tarde, a “disponibilidade séria”; depois a certeza de que um “profundo desacordo” com o Governo, por exemplo na área da Saúde, não impediria “a possibilidade de viabilizar o OE” porque um Orçamento do Estado “não são duas medidas”; mais tarde um regresso do “praticamente impossível” e a certeza e que o PS não se comprometeria com um OE do qual discordasse “na sua globalidade”; e por fim, a garantia aos militantes, no jornal do partido, de que “se [os do Governo] persistirem em políticas que acreditamos serem prejudiciais, não hesitaremos em votar contra”.

Pelo meio, durante as negociações com Montenegro, ainda houve a garantia de que “o PS só viabiliza um Orçamento do Estado para 2025 que não inclua, ou tenha como pressuposto, as alterações ao regime de IRS e IRC propostas pelo governo ou qualquer modelação dessas propostas […] se [os do governo] persistirem em políticas que acreditamos serem prejudiciais, não hesitaremos em votar contra […] quem acha que o PS fará qualquer cálculo em função de resultados eleitorais ou que tem medo de eleições está completamente enganado”.

Pressionado por autarcas socialistas, pelo Presidente da República, por deputados e dirigentes do partido, Pedro Nuno Santos recuou com o argumento de que “um eventual chumbo do Orçamento poderia conduzir o país e os portugueses para as terceiras eleições legislativas em menos de três anos, sem que se perspetive que delas resultasse uma maioria estável” - na prática os recusados cálculos eleitorais.

A “surpresa” que já “não era surpresa”

A “perplexidade” e as críticas de José Luís Carneiro, Ana Catarina Mendes, Isabel Moreira, Marta Temido, João Costa e outros socialistas perante a nova postura de Pedro Nuno Santos sobre a imigração - a declaração de interesse e a “cultura” portuguesa “que deve ser respeitada” e que o “PS não fez tudo bem” - não “foram surpresa” para deputados e dirigentes socialistas contactados pelo DN.

“Houve aqui um calculismo em alinhar entendimentos com António Vitorino [o preferido de Pedro Nuno Santos para Presidente da República] que já tinha dito mais ou menos ou mesmo durante a campanha eleitoral das Europeias, mas que não é surpresa. O alinhamento do discurso ao centro não é de agora”, afirma um dirigente socialista.

A ideia é partilhada por deputados ouvidos pelo DN que recordam que já em setembro tinha havido a declaração de que os Governos de Costa “deviam ter ido mais longe”, que houve até “alguns problemas que se agudizaram”.

Nessa altura, o líder do PS deu os exemplos do SNS, da construção pública de habitação e da regulação do mercado de habitação e da valorização salarial da Administração Pública, mas “estava toda a gente focada no Orçamento, se deixávamos passar ou não, e ninguém valorizou a “nova postura” que agora “criticam”.

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