Rui Moreira anunciou esta quinta-feira, na SIC Notícias, que não será candidato à Presidência da República. O ainda autarca do Porto explicou que foi abordado por um conjunto de personalidades descontentes com os candidatos a Belém, ponderou sobre o assunto, mas acabou por decidir não avançar. O edil portuense afirmou que havia o "risco de a candidatura vir a fraturar o centro e o centro direito" e reconheceu a inexistência de "entusiasmo" e "simpatia" em torno da sua putativa candidatura. Moreira defendeu o diálogo com quem vota no Chega e frisou que o "legado de Marcelo Rebelo de Sousa" foi ouvir todos os portugueses.O presidente da Câmara da Invicta acredita que Cotrim de Figueiredo pode fazer a mesma "avaliação" que o próprio fez e acredita que Gouveia e Melo não é um "vencedor antecipado", perspetivando uma segunda volta. Numa nota enviada à Lusa, Rui Moreira, que também já foi presidente da Associação Comercial do Porto, garante ter feito uma avaliação "íntima e familiar" e com o seu "núcleo duro", mas que a hipótese de ser candidato que diz não lhe ter suscitado "entusiasmo"."A conclusão a que cheguei, ponderados fatores pessoais e políticos, é a de que não pretendo entrar nesta corrida", afirmou.Fiquei com a convicção de que o centro, desde o centro esquerda ao centro direita, tem um número grande de candidatos, o que favorece a dispersão do voto e facilita o eventual sucesso das candidaturas antissistema", concluiu.Rui Moreira acrescenta, contudo, que durante a sua reflexão sobre se deveria ser candidato encontrou "simpatia" e agradeceu-a.Em Julho, o autarca admitiu estar a ponderar candidatar-se à Presidência da República, ressalvando que só tomaria uma decisão final a partir de setembro.À data, Moreira contextualizou ter sido abordado por pessoas que lhe falaram que esta seria uma boa altura para pensar numa candidatura presidencial.A essas pessoas, que diz agora estarem "ora preocupadas com a deriva antissistema de uma candidatura que antes o seduzia, ora insatisfeitos com a possibilidade dos candidatos originários dos partidos em que tradicionalmente votam", prometeu uma "reflexão" que agora "está feita".