Na Baleizão de Chega e PCP, o aviso de Raimundo: “Vamos para cima deles”
FOTO: NUNO VEIGA/LUSA

Na Baleizão de Chega e PCP, o aviso de Raimundo: “Vamos para cima deles”

Promessa para “combater a direita” foi feita na freguesia que deixou PCP e Chega empatados. Líder comunista diz que “os resultados eleitorais não legitimam a política contra a maioria das pessoas”.
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Foi em Baleizão, no final das cerimónias promovidas pelo PCP para homenagear Catarina Eufémia e assinalar o 71.º aniversário do assassinato da trabalhadora rural desta aldeia do concelho de Beja “às mãos” do Estado Novo, que Paulo Raimundo lançou o aviso, justificando que “há sempre duas formas de olhar para o copo” e dois caminhos, pois, “ou nos resignamos” ou “vamos para cima deles”. E, neste caso, “nós vamos para cima deles”, prometeu o secretário-geral do PCP.

E como “os resultados eleitorais”, diz Paulo Raimundo, “não legitimam a política contra a maioria das pessoas, contra os salários, contra as pensões, contra o Serviço Nacional de Saúde, contra a Segurança Social”, o PCP vai estar por “cá, para resistir e para dar combate”.

Numa década, o PCP foi perdendo, eleição após eleição, o domínio eleitoral na terra de Catarina Eufémia. Os 239 votos obtidos em 2025, e que deixavam PS, BE e AD distantes, foram-se perdendo.

Em 2019 já só foram 192 e o Chega só seis tinha conseguido. Em 2022, a margem encurtou mais: 164 votos no PCP e 150 no PS - e foi o ano que o Chega alcançou o BE e empataram a 33 votos. Em 2024, o domínio acaba e o PS, com 147 votos, é o mais votado. O PCP cai para os 135. O Chega vai-se aproximando e soma 108 votos. Este ano, Chega e PCP ficaram empatados com 143 votos. O PS tombou para os 96, cedendo terreno aos comunistas e ao partido de Ventura.

Paulo Raimundo promete “combate”, sustentando, após as perdas eleitorais, que “isto ainda nos dá mais convicção de que é preciso um caminho alternativo (...) e travar o que está em curso”.

No Círculo Eleitoral de Beja, o Chega foi a força política mais votada e venceu em oito concelhos - no ano passado o PS tinha vencido nos 14 concelhos do distrito -, tendo o partido de André Ventura, o PS e a AD eleito um deputado cada, voltando o PCP a ficar sem parlamentar pela região, tal como em 2024.

“Os resultados eleitorais não legitimam a política contra a maioria das pessoas”

Paulo Raimundo

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