Paulo Cafôfo anunciou sua candidatura neste domingo.
Paulo Cafôfo anunciou sua candidatura neste domingo.ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA

PS-Madeira marca eleições internas para 31 de janeiro e congresso para fevereiro

Paulo Cafôfo volta a candidatar-se à liderança do partido. "Não tenho medo de me submeter, com humildade, à votação e à decisão dos militantes do meu partido", declarou o candidato.
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O PS-Madeira anunciou este domingo as datas das suas eleições internas e do Congresso Regional. A escolha foi definida durante reunião da Comissão Regional, com as eleições internas marcadas para 31 de janeiro e o congresso para os dias 22 e 23 de fevereiro. Paulo Cafôfo confirmou que será novamente candidato à liderança do partido.

“Ao contrário de Miguel Albuquerque, que tem medo de realizar eleições internas – aliás tem recusado sistematicamente fazê-lo – eu não tenho medo de me submeter, com humildade, à votação e à decisão dos militantes do meu partido. Miguel Albuquerque não quer submeter-se a eleições internas porque tem medo, porque está agarrado ao lugar de presidente do Governo, porque sabemos bem que a única motivação que tem é continuar como presidente do Governo para não responder à justiça e beneficiar da imunidade que tem enquanto conselheiro de Estado”, afirmou o líder dos socialistas.

A decisão foi aprovada com 71 votos favoráveis, quatro contra e seis abstenções. As candidaturas para a liderança poderão ser formalizadas até 21 de janeiro. O calendário foi delineado considerando o contexto político e a data mais próxima para as eleições regionais, prevista para 16 de março. Segundo Cafôfo, as internas são essenciais para permitir ao futuro presidente do partido ser o cabeça de lista e liderar a elaboração das listas de candidatos à Assembleia Regional.

O líder socialista também criticou Carlos Pereira, acusando-o de falta de coragem política por, supostamente, recuar em intenções de candidatura. Cafôfo defendeu que os militantes devem exercer os seus direitos participando internamente nas decisões do partido, em vez de o criticarem publicamente.

“Qualquer militante tem direitos, mas não há nenhum militante que tenha o direito de pôr em causa a liderança do partido e depois, quando se dá a oportunidade de candidatar-se à liderança, não o faz. Os militantes têm direitos, mas não têm o direito de criticar na praça pública e nos jornais o partido e, quando deveriam participar nas reuniões, como estas, não participam e não dão a sua opinião internamente”, condenou.

Por fim, Cafôfo afirmou desejar que estas eleições sejam aproveitadas para “mobilizar o partido, com determinação, porque o importante é a Região e os madeirenses e porto-santenses, que merecem estabilidade”.

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