Ex-presidente da Câmara da Amadora foi eleita para o Parlamento Europeu no ano passado.
Ex-presidente da Câmara da Amadora foi eleita para o Parlamento Europeu no ano passado.Foto: D.R.

PS: Carla Tavares eleita presidente da FAUL com 70,8% dos votos

Eurodeputada teve vitória mais apertada do que o previsto sobre Miguel Prata Roque, que foi mais votado em Cascais, Mafra e Vila Franca de Xira.
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A eurodeputada Carla Tavares foi eleita presidente da Federação da Área Urbana de Lisboa (FAUL) do PS, sucedendo no cargo a Ricardo Leão, com 70,8% dos votos. Apesar da vitória clara da antiga presidente da Câmara da Amadora, que tinha o apoio de praticamente todos os presidentes de Câmara e líderes das 11 concelhias da estrutura socialista, Miguel Prata Roque superou as expectativas, obtendo o voto de 29,2% dos militantes e ficando à frente em Cascais, Mafra e Vila Franca de Xira.

Dos cerca de seis mil militantes do PS com quotas em dia nos 11 concelhos da FAUL (Lisboa, Sintra, Cascais, Oeiras, Amadora, Odivelas, Loures, Vila Franca de Xira, Mafra, Azambuja e Arruda dos Vinhos), votaram pouco mais de metade: 2402 em Carla Tavares e 991 em Miguel Prata Roque.

A disputa entre a eleita para o Parlamento Europeu e o professor universitário e comentador televisivo foi bastante apertada em Lisboa, com 382 votos para Carla Tavares e 294 para Prata Roque, enquanto em Sintra houve 137 militantes com a eurodeputada e 91 com o antigo secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, mas a vantagem da nova presidente da FAUL em concelhias como Amadora e Loures alargou o fosso entre as duas candidaturas.

A eleição especial para a presidência da FAUL realizada nesta sexta-feira, sem alterar o resto dos órgãos que foram eleitos no final de setembro de 2024, sucedeu devido à demissão de Ricardo Leão. O também presidente da Câmara de Loures tomou essa decisão após ser acusado por muitos militantes, incluindo o antigo secretário-geral e primeiro-ministro António Costa, de pôr em causa os valores e a história do PS ao defender "despejos doa a quem doer" a titulares de contratos de habitação pública envolvidos nos tumultos que provocaram feridos graves e destruição de viaturas e mobiliário urbana, na sequência da morte do imigrante cabo-verdiano Odair Moniz, atingido a tiro por um agente da PSP durante uma perseguição no bairro da Cova da Moura, no concelho da Amadora.

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