“Tenho muitas testemunhas”, referiu, confirmando que conhece o indivíduo que o agrediu e insultou.
“Tenho muitas testemunhas”, referiu, confirmando que conhece o indivíduo que o agrediu e insultou.Foto: Reinaldo Rodrigues/Global Imagens

Presidente de junta de freguesia de Lisboa agredido à porta de mesa de voto por alegado eleitor do Chega

Miguel Coelho publicou uma curta mensagem na sua página pessoal na rede social Facebook, na qual dizia ter sido agredido por um indivíduo que gritou ser votante do partido Chega.
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O presidente da junta de freguesia de Santa Maria Maior, em Lisboa, foi este domingo agredido e insultado à porta de uma mesa de voto em Alfama, por um indivíduo que conhece e do qual já fez queixa à polícia.

Em declarações telefónicas à Lusa, Miguel Coelho (eleito pelo PS) explicou que o incidente ocorreu quando visitava as mesas de voto para saber se o ato eleitoral está a correr bem.

“Numa delas, em Alfama, estavam pessoas para votar na fila, entrei para cumprimentar e um indivíduo começou a chamar-me nomes”, relatou.

"A seguir deu-me um empurrão na cara, de mão aberta, e atirou-me ao chão", acrescentou.

“Exteriormente não fiquei com nada”, disse, contando que foi apoiado de imediato por quem ali se encontrava.

“Tenho muitas testemunhas”, referiu, confirmando que conhece o indivíduo que o agrediu e insultou.
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“Tenho muitas testemunhas”, referiu, confirmando que conhece o indivíduo que o agrediu e insultou. “Ele foi-se logo embora, mas eu sei quem é”, realçou, adiantando que já apresentou queixa na polícia, mas ressalvando que não teve qualquer episódio semelhante com o mesmo indivíduo anteriormente.

À Lusa, o porta-voz da Polícia de Segurança Pública (PSP) confirmou que esta corporação foi chamada ao local, onde já não se encontrava o suspeito.

“Identificámos o ofendido e duas testemunhas”, referiu o subintendente Sérgio Soares, acrescentando que foi elaborado auto de notícia, que será comunicado ao Ministério Público.

Segundo a PSP, o incidente aconteceu cerca das 11:15, numa repartição de Finanças, transformada em mesa de voto, na Rua Terreiro do Trigo.

A PSP esclareceu ainda que Miguel Coelho ainda não apresentou queixa formal, nem tinha de o fazer, já que, tratando-se de um crime semipúblico, tem 180 dias para a efetivar, numa esquadra ou junto do Ministério Público. No entretanto, “nada acontece” ao suspeito, clarificou o subintendente.

Horas depois do sucedido, em declarações aos jornalistas, o presidente da Junta de freguesia de Santa Maria Maior, classificou o ocorrido como um “incidente” e destacou que o importante é “celebrar a democracia”.

Logo após o incidente, Miguel Coelho publicou uma curta mensagem na sua página pessoal na rede social Facebook, na qual dizia ter sido agredido por um indivíduo que gritou ser votante do partido Chega e que, usando linguagem racista e discriminatória, o insultou por ser “amigo” de um determinado grupo étnico.

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